Prefeitura entra na justiça contra “cemitério de carros” denunciado pelo Z Norte

- 27/02/2016 às 20:02
- Atualizado 12/09/2022 às 20:02
A Prefeitura de Sorocaba entrou na justiça contra o proprietário de um depósito de veículos localizado entre os bairros Jardim Nápoles e o Recreio Sorocabano. O local foi denunciado pelo Jornal Z Norte em março de 2015, quando a cidade apresentava altos índices de casos de dengue.
De acordo com a Secretaria de Negócios Jurídicos (Sej) a ação foi ajuizada visando à cessação de atividades no local e destinação aos veículos e sucatas, sob pena de multa diária. “O juiz deferiu a liminar requerida pelo Município”, afirma a pasta.
A Área da Fiscalização da Secretaria da Fazenda (Sef) realizou diligência em conjunto com a Polícia Militar e verificou que o desmanche está com seu funcionamento paralisado, porém os veículos e sucatas continuam abandonados no local. “Em virtude disso, a Municipalidade peticionou nos autos requerendo mais uma vez que o proprietário dê destinação correta aos veículos e solicitou aumento da pena de multa. Por enquanto, o último peticionamento do Município ainda não foi apreciado pelo juízo”, avisa a Sej.
Moradores que residem próximo do local relataram que próximo ao depósito, chamado por eles de cemitérios de carros, há um córrego. Conforme eles, houve, possivelmente, desmatamento para limpeza da área. “A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) informa que enviará técnicos para verificar o local e se constatada alguma irregularidade tomará as providências cabíveis”, informou a pasta na quinta-feira.
No ano passado, após a reportagem, a municipalidade afirmou que a Divisão de Fiscalização de Posturas Mobiliárias, da secretaria da Fazenda afirmou que local havia sido fiscalizado no dia 17 de março. Na ocasião, o infrator foi notificado para encerrar as atividades e providenciar a urgente retirada dos veículos do local. O setor também determinou a interdição da atividade de depósito de veículos e desmanche naquele local.
O receio dos moradores é que o local possa se transformar em focos de aedes aegypti. O proprietário do local não foi encontrado para comentar a situação. Na ocasião da reportagem, o proprietário do imóvel afirmou que o local havia sido fiscalizado e que realizava procedimentos periódicos para evitar a proliferação do mosquito.