No comando da DDM de Sorocaba, delegada reforça a importância do trabalho na defesa da mulher

No comando da DDM de Sorocaba, delegada reforça a importância do trabalho na defesa da mulher Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 08/03/2019 às 16:50
  • Atualizado 12/09/2022 às 16:50
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A titular da unidade destaca a sensação de missão cumprida durante o acolhimento e apoio às vítimas

 

A Polícia Civil de São Paulo é imprescindível no combate à criminalidade. Com atividades de polícia judiciária, a principal função é a investigação para esclarecimentos de crimes e identificação e prisão dos responsáveis. Atualmente, o efetivo da instituição é composto por mais de 6,2 mil mulheres.

A delegada Adriana de Sousa Pinto, de 45 anos, é uma das profissionais desse time. Nascida na Capital, ela já está há 17 anos na Polícia Civil e decidiu seguir a carreira justamente porque viu a possibilidade de fazer a lei ser cumprida.

Formada em 1996, pela Faculdade de Direito de Itu, Adriana conta sobre o início da sua carreira na Polícia Civil. “Fui aprovada no primeiro concurso para delegada de polícia do Estado de São Paulo, em 2002”, relembra orgulhosa.

A profissional já atuou em delegacias de São Paulo e também no interior do Estado, como Votorantim e Sorocaba, onde atualmente é delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Há 10 anos em distritos especializados no atendimento à mulher, ela sente orgulho do seu trabalho e de como faz a diferença na vida de tantas pessoas.

“O trabalho em DDM é diferente. Existe um contato estreito com as vítimas, já que elas nos procuram em momentos de intenso sofrimento. Percebo que conseguimos acalmar essas mulheres pelo simples fato de estarmos ali, oferecendo atendimento e atenção”, destacou a delegada.

Ainda segundo ela, o exercício diário faz cada dia mais ter certeza que escolheu a profissão certa. “Uma medida protetiva solicitada na delegacia evita que uma ameaça se torne um feminicídio”, explicou.

A delegada Adriana relembra uma ocorrência que marcou sua carreia na Polícia Civil e que demonstra como o trabalho realizado colabora com as vítimas.

“Logo no início das minhas atividades em DDM, atendi uma moça que narrava um histórico de agressividade por parte do marido. A dor dela era tão grande, que a única coisa que ela queria era conseguir ir embora com os filhos”, contou.

De acordo com a delegada, foram tomadas as medidas da Lei da Maria da Penha. Depois de alguns anos, ela reencontrou a vítima. “Era outra pessoa, muito mais feliz. Tive a sensação de missão cumprida”.

Adriana reforça que a atividade desempenhada vai muito além do trabalho policial de investigação “Nós conseguimos realizar um trabalho social, de acolhimento e apoio moral para as mulheres que chegam tão fragilizadas. Eu me sinto completamente realizada na minha profissão”.

Como mensagem neste Dia Internacional da Mulher, Adriana ressalta que todas as mulheres devem buscar seu espaço e lugar no mundo. “Temos que estar sempre juntas nessa luta por valer os nossos direitos”, finalizou.