119ª Romaria de Aparecidinha acontece neste domingo (08)

119ª Romaria de Aparecidinha acontece neste domingo (08) Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 07/07/2018 às 12:20
  • Atualizado 12/09/2022 às 12:20
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Mais uma vez unindo Fé e Tradição, romeiros levarão a Imagem de Nossa Senhora Aparecida de volta ao Santuário no domingo, dia 8 de julho.

 

A tradicional Romaria de Aparecidinha acontecerá no dia 8 de julho, segundo domingo do mês. Em sua 119ª edição, a procissão levará a pequena imagem de 13 centímetros de Nossa Senhora da Conceição Aparecida da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Ponte até o Santuário de Aparecidinha, em um trajeto de 16 quilômetros pelas ruas de Sorocaba.

Dessa demonstração de fé pela padroeira do Brasil, participam milhares de pessoas, mantendo o costume de pedir à Nossa Senhora para interceder por milagres, curas e demais preces, também em agradecimento pelas graças alcançadas.

Para a 119ª Romaria haverá um tríduo preparatório no Santuário antigo de Aparecidinha, com missas às 18h. Após as missas, haverá no casarão paroquial ao lado da igreja a venda de pastéis, doces, artigos religiosos e etc.

Já no dia 8 haverá na praça Coronel Fernando Prestes às 5h a primeira Missa do dia sendo ela presidida por Dom Julio Endi Akamine, arcebispo de Sorocaba, e concelebrada pelo padre Tadeu Rocha Moraes, pároco da Catedral. Logo após a Santa Missa, está prevista a saída da imagem rumo à Aparecidinha. Por volta das 11h, haverá a Santa Missa em frente ao novo Santuário de Aparecidinha, marcando a chegada da imagem ao bairro, também celebrada por Dom Julio e concelebrada pelo padre Ricardo Chizzolini, atual pároco do Santuário. Às 12h, em frente ao santuário antigo haverá missa celebrada pelo padre Kojak da Paróquia Nossa Senhora do Povo, em Brigadeiro Tobias. A novidade neste ano será a Santa Missa às 17h no Santuário antigo que será celebrada pelo padre Ricardo Chizzolini, encerrando as atividades do dia festivo. A imagem ficará exposta até às 18h no santuário antigo.

 

O trajeto

A procissão percorrerá o seguinte trajeto: Rua XV de Novembro, Ponte Francisco Delosso, Avenida São Paulo, Rua Padre Madureira, Avenida Carlos Reinaldo Mendes, Avenida Três de Março e Rua Quirino de Mello chegando ao novo Santuário de Aparecidinha. Serão quatro paradas: a primeira na Santa Casa, onde será dada a bênção às rosas e aos enfermos; a segunda no supermercado Coop; a terceira no ‘Duda Eventos’ e a quarta na borracharia – ambas na Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes.

Ao longo do percurso muitos fiéis doam aos peregrinos pães e alimentos, café e bebidas que possam ajudar na caminhada, normalmente a partir da Av. Três de Março onde começa a ser mais difícil o caminhar, com sol forte, subidas e estradas de terra que exigem maior esforço físico.

A equipe organizadora reforça que em hipótese alguma o romeiro vá para a procissão em jejum ou pouco alimentado. É recomendado que se faça um bom café da manhã e também levar consigo água e frutas, tudo isso para evitar desmaio ou mal-estar. É importante levar boné e óculos de sol para se proteger.

 

Transporte

Devido ao grande número de fiéis, a Urbes disponibilizará ônibus extras do bairro para o Terminal Santo Antônio. Os ônibus sairão da Rua do Terço próximo ao supermercado no bairro de Aparecidinha.

 

História da Romaria de Aparecidinha

A romaria existe desde 1804, não de forma contínua como hoje, nem as datas fixas. A primeira menção em jornais foi em 1852, em que o jornal “o defensor” já refere-se que a romaria era tradicional e “acostumada”. Já outros dados afirmam que ela existe desde 1804.

Certo que a devoção popular da Romaria já era frequente desde o século XIX.

A história da romaria afirma que havia o costume de transportar a santa até a cidade em momentos difíceis, como: epidemias, seca, enchentes etc.

Em 1897 aconteceu o primeiro grande surto de febre amarela em todo o país e que afetou também Sorocaba. Monsenhor João Soares lutou bravamente para ajudar no combate à doença.

O povo devoto de Nossa Senhora fazia seus pedidos e acreditava que a procura por Nossa Senhora Aparecida traria a cura da doença, com isso criou-se o costume de transportar a santa até a cidade para abençoar o povo.

Com o relato de muitas curas e milagres, esse costume de transporta-la sempre em momentos de epidemias, secas, enchentes torna-se frequente.

No final de 1899 aconteceu o segundo grande surto de febre amarela, e novamente o Monsenhor João Soares lutou contra a doença, e abriu uma unidade de isolamento no ginásio diocesano para ajudar os doentes. Foi neste ano que Monsenhor João Soares então pároco da Matriz Nossa Senhora da Ponte (Catedral Metropolitana) fixou as datas da romaria para 01/01 ele levaria a Santa de Aparecidinha para Catedral, e no segundo Domingo de Julho ele devolveria a imagem para a Aparecidinha. Queria que a Santa trouxesse as bênçãos de Jesus para o povo de Sorocaba.

Há relatos também, que durante uma época de grande seca em Sorocaba a Santa foi levada até a Catedral, e por intercessão dela as chuvas começaram a cair sobre a cidade, trazendo água para todo povo sorocabano.

Infelizmente, o Monsenhor acabou contraindo a doença e faleceu no dia 21/02/1900.

Seu legado é essa maravilhosa tradição sorocabana, sendo eles um dos maiores eventos religiosos do Município.