Paciente aguarda há dois meses por remédio de alto custo no CHS

- 16/02/2018 às 15:25
- Atualizado 12/09/2022 às 15:25
Buscar o tratamento hormonal necessário para regularizar o crescimento está difícil para William Rodrigues Ferreira, de 18 anos. O paciente toma o remédio Hormotrop 12ui há um ano e meio e, de acordo com o pai, Cícero Marques Ferreira, de 47 anos, o médico alertou que, para que a condição do garoto se reverta, ele precisa fazer o uso do medicamento por, pelo menos, mais sete meses.
William toma o remédio há um ano e meio, através da farmácia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Cícero fez o cadastro junto à Secretaria de Saúde e deveria ir com o filho todos os meses, para retirar o medicamento. “Agora eles falam que não tem. E eu ligo lá, mas não consigo ter uma resposta”, afirma o pai. O Hormotrop 12ui só pode ser vendido com retenção da receita, e custa pouco mais de R$ 600. “Eles só pedem para que eu ligue lá sempre, mas nada muda”, destaca.
Resposta
A Secretaria Estadual de Saúde foi questionada e, em nota, informou que o remédio está em fase de entrega pelo fornecedor, e que a situação deve ser regularizada na próxima semana. Para atender os pacientes cadastrados no programa de Medicamentos Especializados (Alto Custo) em todo o Estado, a pasta estadual informou que realiza planejamento periódico dos estoques, com base no consumo e mais uma margem de segurança para garantir que a unidade tenha estoque até que seja abastecida pela próxima compra. “Cabe esclarecer que o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui mais de 1.000 tipos de medicamentos em diferentes apresentações no Estado de São Paulo. Mas, alguns fatores, alheios ao planejamento da pasta, podem ocasionar desabastecimentos temporários, como aumento inesperado de demanda (acima da margem de segurança prevista), atraso por parte do fornecedor, logística de distribuição do Ministério da Saúde, pregões ‘vazios’ (quando nenhuma empresa oferta o medicamento) ou pregões ‘fracassados’ (quando as empresas estabelecem preços acima da média de mercado, o que inviabiliza legalmente a aquisição)”. A nota, porém, não esclarece qual foi o impasse com o Hormotrop.