Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba avança em acordos com fornecedoras após layoff da Toyota

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região está firmando acordos importantes com as empresas sistemistas — fornecedoras de peças e componentes da Toyota — para garantir emprego, renda e tranquilidade aos trabalhadores durante a paralisação da montadora.

 Seguindo os mesmos moldes do acordo aprovado na Toyota, as negociações prevêem férias coletivas seguidas de layoff, com condições específicas discutidas de empresa em empresa. Cada acordo será apreciado e aprovado pelos trabalhadores em assembleias individuais, realizadas em cada fábrica. Empresas como Kanjiko, TT Steel e Gestamp, por exemplo, realizam a consulta com os trabalhadores nesta semana, e outras fornecedoras também deverão adotar medidas semelhantes.

 De acordo com o presidente do Sindicato, Leandro Soares, a prioridade é estender a proteção para toda a cadeia produtiva. "Assim como construímos um acordo histórico para os trabalhadores da montadora, estamos dialogando com as sistemistas para que nenhum trabalhador fique desamparado. O modelo é o mesmo, com férias coletivas seguidas de layoff, aprovados em assembleia, com estabilidade no emprego e manutenção de direitos. Esse é o compromisso do Sindicato", destacou.

Layoff aprovado na Toyota

 No último domingo (28), os trabalhadores da Toyota de Sorocaba aprovaram, com mais de 96% dos votos, a proposta de layoff negociada pelo Sindicato. O acordo com a montadora garante estabilidade no emprego, manutenção integral dos salários líquidos para quem recebe até R$ 10 mil, além da preservação do vale-compra e do pagamento integral do PPR.

 "Esse resultado mostra a força da negociação coletiva e a confiança da categoria no trabalho do Sindicato. Estamos garantindo que os trabalhadores fiquem de 60 a 150 dias em casa com todos os direitos preservados. Agora, nossa tarefa é levar esse mesmo nível de proteção também para os sistemistas", reforçou Leandro.

Impactos do acidente em Porto Feliz

 As medidas vêm em resposta à crise provocada pelo vendaval que atingiu a fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz, ferindo cerca de 30 trabalhadores e paralisando temporariamente a unidade. O acidente interrompeu a produção de motores e impactou exportações e toda a cadeia automotiva nacional.

 Frente a esse cenário, o Sindicato reafirma o papel fundamental da negociação coletiva. "Nosso objetivo é minimizar os impactos dessa tragédia e, acima de tudo, garantir paz e segurança para os trabalhadores. Seguiremos firmes na defesa do emprego e dos direitos em toda a base metalúrgica", concluiu o presidente.