Aprovado projeto de lei de Fábio Simoa que obriga identificação de plantas tóxicas para animais

Aprovado projeto de lei de Fábio Simoa que obriga identificação de plantas tóxicas para animais Imagem por Divulgação e Texto por Divulgação
  • 18/08/2025 às 12:08
  • Atualizado 18/08/2025 às 12:08
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Aprovado em primeira e segunda discussão o Projeto de Lei nº 16/2025, de autoria do vereador Fábio Simoa (Republicanos), que torna obrigatória, nos estabelecimentos que comercializam plantas, a colocação de avisos, em locais visíveis, sobre plantas tóxicas para os animais. Os avisos e alertas deverão ser exibidos em locais de fácil visualização, como entradas e saídas dos estabelecimentos, elevadores e áreas de grande circulação de pessoas, e deverão conter mensagens educativas e preventivas, destacando os riscos à saúde e à vida dos animais, bem como as penalidades aplicáveis no caso descumprimento da lei.

O descumprimento da norma, caso aprovada, sujeita os infratores a advertência por escrito, na primeira ocorrência, e multa, que irá variar de 10 a 100 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), podendo chegar à suspensão do alvará de funcionamento após três autuações consecutivas. Como o valor da Ufesp para 2025 é de R$ 37,02, a multa poderá chegar a R$ 3.702. Os valores arrecadados com as multas serão destinados ao Fundo Municipal de Meio Ambiente. Os estabelecimentos terão prazo de 90 dias para se adequarem à norma, caso aprovada.

Citando dados do IBGE, que estima em mais de 50% o total de lares que possuem ao menos um animal de estimação, Fábio Simoa observa que muitos tutores não possuem informações suficientes sobre os riscos associados à presença de determinadas plantas no ambiente doméstico e cita como exemplos as espécies “comigo-ninguém-pode” (Dieffenbachia), antúrio (Anthurium) e lírio-da-paz (Spathiphyllum), frequentemente comercializadas em estabelecimentos especializados, mas que são altamente tóxicas para cães e gatos.

O autor levou um vaso de Antúrio à tribuna, ao defender a aprovação da proposta na tribuna. “O cidadão não tem a obrigação de saber de tudo, de ter essa informação. Esse projeto vem para isso, para trazer informação ao cidadão e segurança ao comerciante. A gente espera que ela seja de fato cumprida”, disse. Simoa ressaltou ainda que as plantas citadas podem também causar intoxicação em crianças, o que reforça a importância de sua aprovação, segundo ele.

Na justificativa do projeto, o vereador salienta que a ingestão dessas plantas pode causar desde irritações gastrointestinais até insuficiência renal e óbito, dependendo da quantidade ingerida e do porte do animal.