PTS e Unesp firmam parceria e criam estações de monitoramento de poluição atmosférica
- 01/08/2024 às 16:17
- Atualizado 01/08/2024 às 16:17
A cidade de Sorocaba passa a contar com estações de monitoramento da qualidade do ar, visando a identificar a presença da contaminação por produtos químicos poluentes e de difícil dispersão, com elevada toxicidade e potencial cancerígeno. A implantação das estações resulta de uma parceria entre o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) e o Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – câmpus de Sorocaba, por meio de um projeto sob a coordenação do professor André Henrique Rosa e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Além de uma área do Parque Tecnológico de Sorocaba, os amostradores de ar estão instalados na Represa de Itupararanga, na Escola Técnica Rubens de Faria e Souza e no câmpus da Unesp. Outro amostrador semelhante, fora de Sorocaba, também foi instalado na Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Itu.
“Dados recentes sobre a presença desses contaminantes no Brasil ainda são escassos e supõe-se que altas concentrações desses compostos no ar possam estar presentes em cidades muito populosas, com intensa atividade industrial e um denso tráfego de veículos. Assim, o presente estudo busca verificar a presença e as concentrações dos compostos PCB, PBDE e PAH no ar da cidade de Sorocaba, uma das maiores cidades industriais do Brasil, bem como avaliar possíveis fontes, perfis e impactos da exposição a esses elementos na saúde humana. Em Sorocaba, ainda não há um estudo como esse”, destaca o professor e coordenador do projeto, André Henrique Rosa.
Segundo o professor, as amostragens de ar serão feitas utilizando amostrador passivo contendo espuma de poliuretano, em diferentes pontos do município. Após as amostragens do ar, os contaminantes serão extraídos adequadamente e analisados por cromatografia gasosa com detecção por espectrometria de massas (CG/MS) e controle de qualidade dos resultados, utilizando padrões certificados de recuperação e de referência.
Os resultados serão tratados utilizando modelos estatísticos, matemáticos e de risco de exposição, para melhor compreender as fontes dos produtos químicos transportados pelo ar e as implicações dos riscos para a saúde humana. “Essa parceria com o Parque Tecnológico de Sorocaba é fundamental, pois conhecemos as preocupações do PTS em relação à sustentabilidade, que sempre tem que andar junto à questão do desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social de qualquer cidade”, ressalta o professor.
Na avaliação da presidência do Parque Tecnológico de Sorocaba, as informações também trarão benefícios diretos para o planejamento adequado da cidade e a administração governamental em diversos níveis, podendo servir como um modelo para outros municípios industriais com características similares e contribuindo para o atendimento dos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas: 3 (Boa saúde e bem-estar), 11 (Cidades e comunidades sustentáveis) e 12 (Consumo e produção responsáveis).