População já pode escolher um nome para o filhote de hipopótamo do Zoo de Sorocaba

População já pode escolher um nome para o  filhote de hipopótamo do Zoo de Sorocaba Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 11/08/2014 às 15:30
  • Atualizado 12/09/2022 às 15:30
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As opções são Zambeze, Rovuma, Thuli, Yobe, Yabus ou Yago. Os 5 primeiros são nomes de rios africanos. O objetivo é chamar a atenção para a necessidade de preservação de rios e lagos para a sobrevivência da espécie

 

A partir desta sexta-feira (8), pessoas de todas as idades poderão ajudar a escolher um nome para o filhote macho de hipopótamo (Hippopotamus amphibius) nascido no dia 21 de março deste ano no Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”. Para participar da campanha as pessoas poderão votar numa urna ou num computador, ambos instalados em frente ao recinto do bicho, ou pelo portal www.sorocaba.sp.gov.br até o dia 14 de agosto.

Realizada pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), a atividade de Educação Ambiental faz parte da programação de aniversário de 360 anos de fundação de Sorocaba. A divulgação e o batizado do bicho acontecerão no dia 15 de agosto.

O novo habitante do Zoo é filho do casal Yara e Yuri, que habita o Zoo há mais de 35 anos. Yara chegou ao parque vinda do Zoológico do Rio de Janeiro, enquanto Yuri veio do Zoológico de São Paulo. O casal já teve outros filhotes nascidos no Zoo de Sorocaba. O filhote é um macho, que nasceu com cerca de 50 Kg, mas atualmente pesa mais de 200 Kg. Ele vive com a mãe no recinto e pode ser visto pelos visitantes do Zoo.

As pessoas também poderão votar neste mesmo período no portal G1. O “Quinzinho de Barros” funciona de terça a domingo das 9h às 17h. Mais informações pelo telefone (15) 3227.5454.

 

Sobre a escolha do nome

As pessoas poderão votar em 6 nomes, sendo que 5 deles são nomes de rios de países da África, como forma de alertar as pessoas sobre a importância da preservação de lagos e rios para a sobrevivência da espécie. São eles: Zambeze (ocorre na Zâmbia, Angola, entre outros países – 4º maior rio da África); Rovuma (ocorre na Tanzânia e em Moçambique); Thuli (ocorre no Zimbabue); Yobe (ocorre na Nigéria e no Níger); Yabus (ocorre na Etiópia e no Sudão do Sul). A outra opção de nome é Yago.

A seleção dos nomes foi feita pelos jovens entre 7 e 17 anos que participam do Clube Conservadores da Natureza (CCN) no próprio Zoo. Eles se reúnem uma vez por semana no parque para aprender, debater e atuar em assuntos relacionados à conservação da natureza.

 

Sobre a espécie

O hipopótamo-comum é um dos maiores mamíferos que existem, possui hábitos semiaquáticos e é oriundo da África, ou seja, a espécie não ocorre naturalmente no Brasil. No mundo, existe outra espécie de hipopótamo, conhecida como hipopótamo-pigmeu (Choeropsis liberiensis), que também vive na África, mas é bem menor que o hipopótamo-comum e possui hábitos de vida mais terrestres.

Ou seja, diferentemente do seu parente pequeno, o hipopótamo-comum se destaca por ser um animal que, assim como os humanos, depende extremamente da água para sobreviver. Eles vivem a maior parte do tempo dentro da água e saem apenas para se alimentar. Apesar do tamanho, são animais herbívoros, que na natureza se alimentam exclusivamente de plantas aquáticas e gramíneas.

A grande dependência da água faz com que estes animais possuam adaptações no seu corpo para viverem melhor, como por exemplo, os olhos e orelhas que estão no topo da cabeça e as narinas, que estão no topo do focinho, permitindo que eles consigam mergulhar com o corpo todo na água por longos períodos, deixando apenas olhos, orelhas e narinas do lado de fora. Além disso, por serem muito pesados, viver na água facilita sua locomoção, sendo tão dependentes dela que os filhotes, inclusive, mamam embaixo d’água.

Estes fatos fazem com que a preservação dos lagos e rios africanos seja fundamental para que se possa manter a espécie existindo em seu habitat natural. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, atualmente a quantidade destes animais vivendo na natureza vem declinando e a espécie é classificada como vulnerável.