Museu de Zoologia mantém em torno de mil peças em seu acervo com funções educativas

Museu de Zoologia mantém em torno de mil peças em seu acervo com funções educativas Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 20/10/2018 às 14:00
  • Atualizado 12/09/2022 às 14:00
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Com um acervo estimado em mil peças, a coleção do Museu de Zoologia do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros” é composta por uma grande variedade de objetos biológicos e animais taxidermizados da fauna brasileira e outras raridades, divididos entre aves, répteis e mamíferos.

A finalidade do acervo do Museu de Zoologia é exclusivamente educativa, como instrumento de ensino e divulgação de Ciências, Biologia e Educação Ambiental, e surgiu do reconhecimento sobre a importância do manuseio e contato com os animais e suas partes para a sensibilização e compreensão das informações transmitidas ao público.

Essa ação possibilita novas experiências, estimuladas pela curiosidade e pela interação com o objeto biológico. Utilizando o acervo é possível atingir todo o tipo de público, principalmente pessoas com deficiência, como os deficientes visuais, por exemplo, por possibilitar maior interação com o “objeto”, tocando-o, sentindo as texturas, tamanho, forma, consistência e cheiro, como forma de tornar concretas as informações trabalhadas.

Entre as peças expostas estão a onça-parda, aves de todos os tipos, pinguim, iguana, a onça-pintada e avestruz, além de crânios, pele de animal, ninho, espinho de ouriço e animais fixados em álcool, preservados dentro de um pote de vidro.

Entre as peças bastante curiosas ou raras, o Museu de Zoologia possui um enorme crânio de hipopótamo, o pequeno tamanduaí taxidermizado (que é a menor espécie de tamanduá existente), famosa barata gigante (que na verdade é um crustáceo) os espinhos de um porco-espinho e até a pegada de um filhote de urso-de-óculos.

 

Sobre a taxidermia

No museu, a técnica aplicada para o “empalhamento” dos animais expostos é a taxidermia artística, termo usado para nomear a arte de montar ou reproduzir para exibição ou estudo, preservando a forma do corpo, da pele e tamanho do animal.

A taxidermização é realizada por um profissional contratado do zoológico e os animais usados pela instituição são os que morreram de velhos, de alguma doença ou que foram resgatados pela Polícia Ambiental e acabaram morrendo no zoo.

“Para fazer o processo escolhemos os animais que geralmente usamos nas ações educativas. Os animais são guardados em um freezer e no momento da técnica são descongelados. Retiramos toda a parte interna e em muitos casos também são retirados os ossos, depois é feito o tratamento na pele do animal e então remontamos de forma que fique parecendo que ele está vivo”, explica a técnica ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Parques e Jardins (Sema), Peônia Brito de Moraes Pereira, responsável pelo setor de educação ambiental do zoo.

Para montar a estrutura, o taxidermizador usa o algodão e arame para modelar,  deixando-o em sua forma natural. “Tudo que está no animal é de verdade, a única coisa que não é natural é o olho, pois ele murcha. É colocado um olho de boneca ou de vidro”, conta Peônia.

A taxidermia é uma técnica moderna, podendo durar em 20 a 30 anos, se bem conservada. Tem como principal objetivo o resgate de espécies e o detalhamento que muitas vezes não conseguimos ver.

Atualmente, o Museu de Zoologia abre ao público em datas especiais. O zoo de Sorocaba está localizado na rua Teodoro Kaisel, 883, na Vila Hortência. Mais informações pelo telefone: (15) 3227.5454.