Falta Gás de cozinha e água mineral nas revendedoras de Sorocaba
Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte - 01/06/2018 às 08:59
- Atualizado 12/09/2022 às 08:59
Os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, iniciada a alguns dias, já reflete no abastecimento de gás de cozinha GLP (gás liquefeito de petróleo), os botijões de 13kg que são usados nas residências.
Revendedor de gás a 32 anos, sendo 27 anos no mesmo local no bairro Pacaembu, Joel Guerreiro, 65 anos, diz que diminuiu muito a quantidade de botijões que recebe diariamente. “Fazem 15 dias que não recebo a quantidade correta, era para receber 60 botijões por dia e quando recebo, vem apenas 20. Hoje mesmo (quarta-feira) não veio nada ainda”.
No mesmo local, ele revende água mineral e reclama que também não está chegando. “Água também não tenho nada. Me falaram que os caminhões foram bloqueados. O problema é que ficamos sem faturar e os boletos não paralisam”, diz Joel.
“No momento da falta do botijão, o pessoal tem que se precaver, tem outros aproveitando e vendendo botijão a até R$ 130. Eu vendo o Ultragaz a R$ 71,00 (que é a marca que revendo). O pessoal tem que ser esperto e boicotar esses espertalhões”, continua.
Para finalizar, Guerreiro alerta para o ter um botijão reserva cheio. “Uma coisa importante é o pessoal manter o botijão reserva cheio, criar o costume de ter um reserva, assim já minimiza os problemas, porque um botijão na residência dura em média até uns 40 dias e em uma situação de faltar o produto, aí você já se garante. Eu vou até colocar uma faixa aqui na frente da revenda, falando assim: Mantenha seu botijão reserva cheio!, finaliza.
Em outra revendedora, no Jardim Paineiras, a situação é a mesma. “O gás eu acabei de receber 30 botijões, mas já faziam 6 dias que não recebia água e gás, porém hoje eu não estou entregando, o cliente tem que vir buscar, porque estamos sem combustível para realizar as entregas”, diz Pâmela Carolina.
“O gás eu vendo cerca de 20 a 30 botijões por dia, mas fiquei dias sem receber e agora vieram apenas 30. A água mineral último dia que recebi foi dia 22, e agora meu estoque está no final, tenho apenas 5 galões e não tenho previsão de quando chega mais”, diz Pâmela.
ANP
Questionada sobre a falta do gás de cozinha, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) diz que “A logística de distribuição é feita pelos agentes econômicos em conjunto com as forças de segurança”.
A ANP adotou medidas em caráter excepcional, dentre elas a Liberação de engarrafamento de distribuidoras de GLP para vasilhames de outras marcas. As distribuidoras de GLP, atualmente, somente podem encher botijões que apresentem sua marca comercial no recipiente. Isso traz complexidade logística, uma vez que o consumidor pode devolver ao revendedor botijão de qualquer marca, exigindo a destroca de botijões. Ao liberar o engarrafamento para vasilhames de outras marcas, elimina-se a etapa logística da destroca de botijões entre distribuidores, viabilizando maior agilidade nas operações comerciais em áreas que tenham sido afetadas pelos bloqueios.
AS medidas entraram em vigor em 25/5, após publicação no Diário Oficial da União.
Falta Gás de cozinha e água mineral nas revendedoras de Sorocaba
Falta Gás de cozinha e água mineral nas revendedoras de Sorocaba