Escola fechada há mais de um ano gera reclamações na Vila Angélica

- 19/04/2019 às 12:21
- Atualizado 12/09/2022 às 12:21
A Escola Estadual Dorival Dias de Carvalho, fechada há mais de um ano, está gerando transtornos a moradores da Vila Angélica. Isso porque, com o encerramento das atividades, o local ficou abandonado. Os moradores reclamam de mato alto e, ainda, de usuários de drogas frequentando a unidade. A escola fica na rua Gustavo Ângelo Alvarenga, altura do número 682.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram que, por dentro, a escola foi depredada. Com mato alto no interior e exterior da unidade, parte do muro foi danificado com o crescimento desordenado de árvores. Torneiras dos bebedouros e do tanque foram furtados. Parte da lona de uma cobertura foi arrancada e os armários revirados. Cadeiras e outros itens, ainda, foram quebrados e incendiados. Fabiana ErcolinMaitam, de 36 anos, fica preocupada com a escola. “Os usuários frequentam durante a noite. Por enquanto não é muita gente, mas está aumentando”, ressalta. Ex-funcionárias da unidade conversaram com Fabiana sobre o problema. “Fiquei sabendo que lá dentro tem documentos dos ex-alunos, com dados pessoais e endereço. Quando elas me procuraram, estavam preocupadas. Os móveis eram novos, e agora estão estragados”, reclama.
Já Dora Campos Silva, de 41 anos, tinha um filho matriculado ali, que acabou sendo transferido quando a unidade foi fechada. “A escola era ótima, e poderia estar ajudando mais a população, mas agora está fechada. Na época, alegaram que a frequência de alunos era baixa”, lembra. Para ela, no entanto, a quantidade alunos era normal. “Não tinha necessidade de fechar a escola. Poderiam ter investido mais nela. Meu filho foi muito bem recebido lá, estudou por dois anos”, conta a dona de casa. “A mudança foi inesperada. Nos avisaram de surpresa, então não estávamos prevenidos. Sorte que ele foi para uma escola perto de casa”.
A unidade foi fechada porque o terreno foi devolvido para a Prefeitura. Questionada, a Secretaria de Educação (Sedu) informou, por meio de nota, que “atualmente, a Sedu está trabalhando na elaboração de um Edital de Chamamento Público para viabilizar a implantação do Projeto ‘Escola do Futuro’, o qual utilizará o referido prédio”. A nota, no entanto, não informou nenhuma previsão de quando o edital deverá ser lançado, mas que a reforma do prédio deve ser feita ainda no primeiro semestre. A respeito do mato alto, a Prefeitura informou que o último serviço de roçagem feito no local foi em 12 de abril, e que a próxima roçagem deve ser feita em maio. Já sobre a insegurança dos moradores vizinhos, a nota esclarece que a Guarda Civil Municipal não registrou nenhumaocorrência ali “e tem feito patrulhamento no entorno do prédio regularmente”.