Surto de Síndrome Mão-Pé-Boca em creche do São Guilherme assusta mães de alunos

Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 06/04/2018 às 12:26
  • Atualizado 12/09/2022 às 12:26
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Febre alta, manchas vermelhas na boca, planta dos pés e palma das mãos, além de bolhas pelo corpo: estes são os sintomas de alunos do Centro de Educação Infantil (CEI) 106-Áurea Paixão Rolim, no Jardim São Guilherme. A doença é chamada de Síndrome Mão-Pé-Boca e, segundo portais especializados em saúde, é causa por um vírus que pode provocar estomatites (uma espécie de afta) e é mais comum em crianças menores de cinco anos.

Revoltada, uma das mães dos alunos fez uma publicação nas redes sociais, denunciando o problema. Ela conta que na última quinta-feira (29), o bebê, de um ano e dez meses, contraiu um resfriado e foi levado à Unidade Pronto-Atendimento (UPA) Éden. “Eu levei ele e peguei o remédio. No domingo, ele começou com uma coceira no bumbum. Eu levei ele de novo e a médica achou que era uma alergia alimentar. Ele tomou outro remédio e injeção. No outro dia, começou a aparecer bolha no corpo todo dele, e o médico disse que era uma infecção de pele, mas que não sabia exatamente o que era, por isso receitou um antibiótico e pomada. No outro dia, eu voltei no médico de novo, e aí a doença foi confirmada”, relata Mayara Kelly Mendes Rodrigues, de 20 anos.

Com a confirmação da doença e a possibilidade de que ela se alastrasse, Mayara resolveu ir até a creche para saber como estava a situação dos colegas de classe do seu filho. “Eles falaram que iriam chamar a Vigilância Sanitária e que estavam higienizando tudo. Me contaram que só na classe dele, de 20 alunos, 18 pegaram”, conta. Agora, o bebê está em casa, em recuperação. “Coça muito, e ele teve febre, vômito e aftas. Agora ele está conseguindo comer, mas antes, nem isso”.

 

Outro caso

Outro aluno, da mesma escola, também sofre com este problema, há pelo menos duas semanas. “Por uma orientação médica, eu não levo meu filho na creche sempre, porque ele tem a imunidade muito baixa, e sempre volta com alguma coisa. Há duas semanas, eu levei, para ficar o dia inteiro, e ele voltou com os sintomas da Síndrome”, conta Claudinéia Medrado, 30 anos. “Quando fui levar o atestado dele na escola, a professora falou que não era para trazer ele, porque poderia passar para outras crianças”, lembra. Claudinéia conta que o filho não teve febre, mas ficou muito irritado, não comia e nem bebia. “Eu levei ele no médico e me disseram que era dor de garganta, aí passaram o antibiótico. Quando eu dei o remédio, começaram a estourar as bolas nele. Devo levar ele no médico hoje de novo, para mostrar o que está acontecendo”. As bolhas estouraram na região da boca, mãos e pés. “Agora quero passar uma pomada nele, para ver se melhora”.

 

Respostas

Questionada, a Prefeitura de Sorocaba não informou quantos casos da doença já foram registrados, nem se as aulas em outras unidades também estão suspensas. A diretora da unidade não quis comentar o caso.