SES orienta equipes de hospitais sobre atendimento de casos de gripe

SES orienta equipes de hospitais sobre atendimento de casos de gripe Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 08/04/2016 às 16:14
  • Atualizado 12/09/2022 às 16:14
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A Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) promoveu nesta quinta-feira (7) um curso de atualização para equipes de saúde de hospitais públicos e privados que atuam nos serviços de urgência e emergência no município. O enfoque foi o cumprimento ao protocolo clínico de atendimento de casos de gripe (Influenza) e coqueluche.

A capacitação ocorreu no auditório da Escola de Gestão Pública da Prefeitura, no Alto da Boa Vista, e reuniu um público de aproximadamente 30 pessoas, entre coordenadores clínicos, de enfermagem e de pronto-socorro, além de equipes de laboratórios, do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), de internação e ligadas ao atendimento em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulta e pediátrica.

“Enfatizamos todo o manejo clínico e o tratamento de pacientes que precisa ser obedecido, bem como os procedimentos para encaminhamentos para coleta de amostras para análise laboratorial”, explica a chefe da DVE/SES, Renata Guida Caldeira. Também foram apontados os cuidados que devem ser adotados pelos profissionais da saúde com esse tipo de público. A precaução maior é quanto aos casos de Influenza A H1N1, que têm aumentado no País e que por enquanto não há casos registrados este ano em Sorocaba.

O secretário da Saúde Francisco Antonio Fernandes destacou a importância desse treinamento. “Dependemos dos hospitais para a notificação obrigatória dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), para que possamos contabilizar as ocorrências e adotar providências para evitar a proliferação da doença”, menciona. Já a Influenza, ou Síndrome Gripal, não é de notificação compulsória.

Segundo Renata essa orientação aos profissionais dos hospitais é feita anualmente no mês de maio. “Porém, tivemos que antecipá-la, pois estamos vivenciando um cenário epidemiológico atípico de Influenza, com a antecipação da sazonalidade”. Outro curso, semelhante ao desta quinta-feira, está programado para a próxima semana, no dia 14 de abril, dessa vez direcionado aos médicos da rede municipal de saúde.

 

Vacinação

A DVE esclarece que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe 2016 está programada para ter início no município no dia 30 de abril e deve prosseguir até 20 de maio. “Ainda estamos no aguardo, mas devemos receber do Ministério da Saúde por volta de 150 mil doses da vacina”, adianta o secretário da Saúde. Neste ano, a imunização protegerá a população contra os vírus A/California (H1N1), A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane. Para o dia 15 de abril a DVE prepara um treinamento específico para as equipes que vão atuar na campanha.

O público-alvo da campanha será aquele que compõe os chamados grupos de risco, do qual fazem parte: profissionais de saúde de hospitais públicos e privados, crianças maiores de seis meses a menores de cinco anos de idade, gestantes, Puérperas (até 45 dias após o parto) e idosos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, detentos e funcionários do sistema prisional, além de jovens (de 12 a 21 anos de idade) sob medidas socioeducativas.

Sintomas e tratamentos

A SES recomenda à população que procure por atendimento na rede básica de saúde em caso de constatação de febre de início súbito, acompanhada de tosse e dor de garganta, e ainda dor de garganta, muscular ou nas articulações. “Esse é o quadro de gripe, que pode virar uma síndrome grave se não tratada a tempo. Não é o caso de ir ao médico em caso de resfriado, situação típica em que a pessoa tem espirros e o nariz escorrendo”, alerta Renata.

O tratamento clínico para Influenza é um só, independente do tipo do vírus, normalmente feito à base de Oseltamivir (Tamiflu), que não está à venda nas farmácias convencionais, mas está disponível em todas as unidades de saúde da rede municipal, mediante prescrição médica. A distribuição desse medicamento aos municípios é feita pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde.