Roberto Freitas solicita informações sobre transportes de pacientes para fora do município
O vereador solicitou dados detalhados sobre o serviço e também usou seu tempo regimental para fazer a defesa dos evangélicos

- 07/06/2025 às 11:25
- Atualizado 07/06/2025 às 11:25
O transporte de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de procedimentos médicos em outras cidades é objeto de preocupação do vereador Roberto Freitas (PL), que, por meio de requerimento destacado e aprovado na sessão ordinária de quinta-feira, 5, solicita informações sobre o referido transporte.
“A última informação que tive dava conta de que essas pessoas recebiam o valor de 12 reais para poder passar o dia inteiro em outra cidade, tendo que se alimentar nesse período, muitas vezes saindo de casa às três horas da manhã e só retornando no final tarde. Outros saem à tarde e só retornam na madrugada do dia seguinte”, afirmou Roberto Freitas ao destacar seu requerimento em plenário.
O vereador lembra que a Lei nº 12.834, de 3 de julho de 2023, instituiu em Sorocaba o Programa de Tratamento Fora do Domicílio, regulamentando o fornecimento de transporte e hospedagem para pacientes que necessitam de atendimento fora do município e, quando necessário, seus acompanhantes. “Queremos saber que diretrizes da referida lei estão sendo efetivamente aplicadas no atendimento desses pacientes que precisam realizar procedimentos em outras cidades”, afirma Roberto Freitas.
O parlamentar quer saber se os valores praticados atualmente no âmbito da ajuda de custo prevista (incluindo alimentação, transporte complementar e estadia) permanecem os mesmos de quando a lei foi publicada e, caso afirmativo, se há previsão de reavaliação desses valores, uma vez que já se passaram dois anos da publicação da lei. Roberto Freitas também indaga sobre número médio de pacientes transportados por mês, estrutura logística para esses deslocamentos e tempo médio de permanência fora do município, entre outros questionamentos.
Defesa dos evangélicos – Valendo-se do seu tempo regimental e lembrando a ocasião do Dia do Pastor, Roberto Freitas também fez a defesa dos evangélicos: “Quero falar de um povo que, em 1940, representava 2,7% da população brasileira, era uma minoria quase imperceptível. Já em 2010 essa minoria, os evangélicos, passou a ser 22% da população. E esse crescimento não parou. O último censo mostra que os evangélicos, hoje, são mais de 30% da população do país” – contabilizou, ressaltando que essas pessoas, movidas pela fé, têm o firme propósito de ajudar o próximo.
O vereador enfatizou que a maioria das igrejas do país são igrejas pequenas, situadas em locais de difícil acesso. “Nós estamos em locais de fragilidade social, como presídios, como favelas, como palafitas. Estamos em diferentes rincões desse país. Cerca de 97% dos pastores são pessoas simples, são pessoas que sobrevivem com menos de dois salários”, enfatizou. “Mas se éramos esquecidos no passado, tratados como insignificantes, hoje ocupamos lugar de destaque na sociedade em todas as áreas”, acrescentou.
“Somos a segunda maior bancada no Congresso Nacional, hoje. Apesar disso, ainda há quem acredite que política e religião não se misturam e que devemos nos ocupar só do Céu, enquanto eles fazem o que querem aqui na Terra. Mas o cerne da política é a organização da sociedade e a religião, com seus valores fundamentais, tem uma importância crucial nisso”, enfatizou, destacando que a própria Bíblia tem no seu cerne a questão da justiça. Com base nisso, Roberto Freitas defendeu o direito dos cristãos de terem visibilidade no mundo político, inclusive o direito de serem homenageados nos parlamentos.