Raul Marcelo inclui novos dados em suas ações nos MPs sobre desabastecimento e corrupção na compra de medicamentos pelo governo Manga em Sorocaba

- 22/10/2025 às 12:39
- Atualizado 22/10/2025 às 12:39
O vereador Raul Marcelo (PSOL) incluiu, em suas representações junto aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, os dados divulgados pelo portal g1 nesta quinta-feira (16), que evidenciam a falta de mais de 230 medicamentos em diversas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Sorocaba. Segundo a apuração, metade das farmácias municipais apresenta quase 50% do estoque zerado, revelando o colapso da gestão da saúde pública do governo municipal. Os números mostram que, em 18 das 32 unidades que possuem farmácia, faltavam ao menos 40% dos medicamentos distribuídos pela rede pública.
Para Raul Marcelo, os dados confirmam a gravidade das denúncias de corrupção apresentadas aos órgãos de controle, que envolvem desabastecimento crônico, fraudes em licitações e superfaturamento de até 950% em contratos da Secretaria da Saúde. "O que o g1 mostrou é o retrato da corrupção e da desorganização da Prefeitura de Sorocaba. Enquanto faltam remédios e os pacientes sofrem nas UBSs, o governo municipal realiza pagamentos milionários a empresas sem contrato e com indícios de favorecimento", afirma o parlamentar.
As representações protocoladas aos MPs Estadual e Federal pelo vereador detalham esquemas fraudulentos em contratos que somam R$ 33,7 milhões, envolvendo três empresas sediadas em Cotia, todas vencedoras do mesmo pregão. Segundo Raul Marcelo, há indícios de pagamentos superfaturados que configuram graves irregularidades administrativas e possíveis crimes contra a administração pública.
Em outra denúncia, desta vez na gestão das farmácias dos 33 postos de saúde da cidade, o parlamentar aponta que o governo municipal pagou mais de R$ 13,4 milhões a uma empresa que atua sem contrato formal com a administração municipal para prestar esse serviço. O caso já foi encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual, que abriram procedimentos e exigiram explicações da Prefeitura de Sorocaba.