Banco de Alimentos de Sorocaba celebra políticas que tiraram o Brasil do Mapa da Fome e reforça que um Estado forte salva vidas

ONU confirma que país reduziu a insegurança alimentar para menos de 2,5% da população; programas como PAA, reativados pelo governo Lula, foram decisivos na conquista

Banco de Alimentos de Sorocaba celebra políticas que tiraram o Brasil do Mapa da Fome e reforça que um Estado forte salva vidas Imagem por Foguinho/ SMetal e Texto por Divulgação
  • 29/07/2025 às 12:03
  • Atualizado 29/07/2025 às 12:03
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O anúncio de que o Brasil saiu do Mapa da Fome, feito pela FAO/ONU em 28 de julho de 2025, tem um significado especial em Sorocaba. Para o Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS) — entidade mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) — a vitória nacional comprova que políticas públicas voltadas aos mais pobres e à agricultura familiar se refletem no cotidiano das famílias brasileiras.

Sair do Mapa da Fome era o objetivo primeiro do presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023. A meta era fazer isso até o fim de 2026.

“É um motivo importante para comemorarmos. Sabemos o quanto o presidente Lula, por meio de políticas públicas, fez com que o Brasil saísse do mapa da fome antes mesmo do planejado. Isso só comprova que um Estado forte salva vidas ”, afirma Leandro Soares, presidente do SMetal.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), o país deixou o Mapa da Fome porque a média trienal 2022‑2024 colocou menos de 2,5% da população em subalimentação grave. Isso foi possível graças à geração de emprego, ao fortalecimento da agricultura familiar e à ampliação do acesso à alimentação saudável.

Meire Ellen, assistente social e coordenadora de projetos do BAS, destaca que a chegada de alimentos via PAA, por exemplo, “beneficia os agricultores familiares e garante produtos de qualidade às organizações assistidas, materializando o direito à alimentação adequada”.

Leandro ressalta que Lula tem “obsessão” pelo combate à fome em todos os seus mandatos e lembra que, enquanto o mundo pouco fala sobre o tema, o presidente repete em seus discursos que a erradicação da fome deve ser prioridade global.

Soares lembra que, durante os anos de desmonte dos governos Temer e Bolsonaro, o BAS quase fechou as portas e só continuou funcionando graças ao SMetal.

“Agora, com Lula, vemos o BAS fortalecido de novo. Por isso é importante saber quem está no Executivo e no Legislativo: quanto mais representantes alinhados com essas bandeiras, mais vidas serão salvas”, conclui.

Políticas públicas e números de doações

O BAS é hoje um elo essencial entre produtores e famílias em vulnerabilidade. A entidade opera em sintonia com programas federais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Cozinha Solidária, ambos presentes no Plano Brasil Sem Fome.

Em agosto de 2024, por meio do PAA, o BAS recebeu 9.225 kg de farinha de milho e 9.225 kg de fubá, que foram destinados às entidades cadastradas. Em junho de 2025, o PAA destinou mais 3.150 kg de feijão, complementando a cesta de alimentos distribuída.

Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Ceagesp têm sido parceiras frequentes: na última semana, a Conab junto com o Centro de Abastecimento doou 7.000 kg de feijão preto, comprados diretamente da agricultura familiar, que se somam às sete toneladas de feijão entregues em julho de 2025. Com essas ações, o BAS já distribuiu este ano mais de 18 toneladas de alimentos apenas via PAA e Conab.

Com essas ações, o BAS já distribuiu este ano mais de 18 toneladas de alimentos apenas via PAA e Conab.

Ao todo, 80 instituições sociais recebem regularmente alimentos do BAS, beneficiando 6.230 pessoas em Sorocaba e região — muitas delas vivendo com renda per capita de até meio salário mínimo.

Essas doações somam‑se a outras iniciativas, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que oferta crédito para produtores, e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que assegura a compra de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar.

Brasil sem Fome

A saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável.

Esta é a segunda vez que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retira o país dessa condição: a primeira foi em 2014, após 11 anos de políticas consistentes. No entanto, a partir de 2018, o desmonte de programas sociais fez o Brasil retroceder e retornar ao Mapa da Fome no triênio 2018/2019/2020.

Em dois anos de governo, o Brasil teve reduções históricas da insegurança alimentar grave e da pobreza. Os números nacionais da fome, captados por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) nas pesquisas do IBGE, mostraram que, até o final de 2023, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave.