Audiência pública debate problema crônico de esgoto no Jardim Santa Marta

Iniciativa do vereador Toninho Corredor reuniu autoridades e moradores em busca de soluções para o mau cheiro causado pela estação de tratamento próxima às residências

Audiência pública debate problema crônico de esgoto no Jardim Santa Marta Imagem por Divulgação e Texto por Divulgação
  • 21/05/2025 às 13:35
  • Atualizado 21/05/2025 às 13:35
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A Câmara Municipal de Sorocaba realizou, na noite desta segunda-feira, 19, audiência pública para debater os impactos do sistema de tratamento de esgoto no bairro Jardim Santa Marta. A iniciativa, proposta pelo vereador Toninho Corredor (Agir), teve como objetivo ouvir as demandas da comunidade, esclarecer o funcionamento da estação de tratamento e discutir medidas para amenizar o forte odor que afeta os moradores da região há anos.

A mesa principal foi composta pelo próprio vereador Toninho Corredor, que presidiu a audiência; pelo vereador Rafael Militão (Republicanos); pelo diretor-geral interino do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Elisandro Bessa Cavalcante; pelo chefe do Departamento de Tratamento de Água do Saae, Carlos Henrique Calleja Belo; e pelo líder comunitário do Jardim Santa Marta, Jeferson Marcolino da Silva. A audiência contou ainda com a presença de moradores, lideranças locais e representantes de demais pastas da administração pública.

O vereador Toninho Corredor destacou que a situação da estação de tratamento próxima ao Jardim Santa Marta é insustentável e requer providências urgentes. Ele relatou visitas ao local com moradores, inclusive com gravações feitas no início de novembro, e afirmou que a população não aguenta mais conviver com o mau cheiro constante. “O que os moradores querem é uma solução definitiva. A vontade mesmo é que removesse a estação daquele local, porque está muito próxima das casas”, enfatizou. O parlamentar também cobrou o destino de um investimento anunciado anteriormente, no valor de R$ 12 milhões, que teria como finalidade a melhoria do sistema.

O vereador Rafael Militão também se manifestou durante a audiência, apoiando os moradores e reconhecendo a gravidade do problema. Ressaltou que, apesar das limitações orçamentárias e da divisão de responsabilidades entre município e Estado, é papel dos vereadores atuarem como porta-vozes da população e buscarem soluções junto à administração pública.

Entre as demais participações, o líder comunitário Jeferson Marcolino reforçou os relatos dos moradores, mencionando que o valor do IPTU da região é elevado e que, em contrapartida, a qualidade de vida é prejudicada pelo odor constante. Outros moradores presentes na audiência relataram problemas de saúde, como doenças respiratórias, e sugeriram alternativas como a cobertura da estação ou a criação de barreiras físicas para conter a dispersão do cheiro.

Os representantes do Saae explicaram o funcionamento da estação e destacaram que há uma estrutura montada com o uso de produtos neutralizadores de odores, mas que, no momento, a aplicação está restrita a apenas um dos três tanques existentes. Informaram que dois tanques estão em processo de reforma e que a previsão é concluir a instalação de novos equipamentos no prazo de 30 a 45 dias. O terceiro tanque, segundo os técnicos, ainda não foi reativado devido ao furto de cabos elétricos na unidade, sendo que a normalização do sistema está prevista para meados de junho.

O diretor do Saae, Elisandro Cavalcante, reiterou que em torno de R$ 12 milhões serão investidos na estação de tratamento do bairro. “São equipamentos caros e de tecnologia avançada que estão sendo adquiridos”, afirmou. Segundo ele, algumas melhorias externas também já podem ser feitas, como a implementação de um "cordão verde", com a plantação de eucaliptos, evitando que a corrente de ar direcione o odor para as casas.

A audiência pública foi transmitida ao vivo pela TV Câmara e pelas redes sociais (YouTube e Facebook) da Câmara Municipal de Sorocaba, nas quais está disponível na íntegra.