Câmera instalada em banheiro de escola municipal preocupa pais no Jardim Santo Amaro; Prefeitura diz que equipamento é falso, mas determina retirada

Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 03/09/2018 às 11:11
  • Atualizado 12/09/2022 às 11:11
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A instalação de uma câmera de videomonitoramento no banheiro de uma escola municipal de Sorocaba levou preocupação aos pais e alunos, no jardim Santo Amaro. Imagens enviadas ao jornal Z Norte mostram um aparelho instalado dentro do recinto na EM Duljara Fernandes de Oliveira, o que alertou pais de alunos preocupados com a invasão de privacidade. De acordo com a Prefeitura, no entanto, a câmera é “fake” e não faz filmagens.

Pai de um aluno do 5º ano, de 11 anos, Eduardo Rios demonstrou preocupação com a privacidade do filho. O receio maior era com o possível vazamento dessas imagens, para práticas criminosas, como a pedofilia. “A gente se sente acuado, pois na nossa época não tinha isso e hoje em dia a gente vê tanta coisa com esses negócios de câmera de monitoramento. É preocupante”, explicou o pai. Segundo Eduardo, o filho percebeu apenas recentemente a instalação do aparelho.

O Jornal Z Norte questionou a Prefeitura de Sorocaba, que afirmou que nenhuma escola da rede municipal de ensino tem videomonitoramento nos banheiros. De acordo com a Secretaria de Comunicação e Eventos, a direção da escola optou por instalar uma câmera fake, ou seja, que não filma e não grava nada. O objetivo era coibir a prática de bullying no local.

A Secretaria da Educação determinou a remoção imediata do equipamento. Ainda segundo a resposta oficial, a “Secretaria da Educação desconhece e desaprova qualquer invasão à privacidade de seus alunos”.

 

Caso em escola estadual

Na semana passada, o pai de uma estudante de 15 anos formalizou uma denúncia ao Ministério Público após descobrir que a escola onde a filha estuda tem uma câmera no banheiro. Ele descobriu o caso após a filha ser suspensa por pichar as paredes do banheiro e ter sido flagrada pelas câmeras, na escola estadual Professor Aggeo Pereira do Amaral.

O pai concordou com a punição à filha, mas ficou indignado pela existência de imagens no interior do recinto. O dispositivo fica escondido, mas funcionava para gravar o que acontece dentro do banheiro. A Secretaria Estadual de Educação também determinou a retirada das câmeras dos banheiros.