Movimento estudantil organiza passeata na Itavuvu na próxima sexta-feira

Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 12/06/2019 às 17:14
  • Atualizado 12/09/2022 às 17:14
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O Movimento Estudantil com o apoio do Levante Popular da Juventude estão organizando uma passeata de estudantes na próxima sexta-feira (14), na avenida Itavuvu. O ato é em apoio as paralisações da Greve Geral, que ocorrem em todo o país. De acordo com a organização do evento, a ideia é marchar até o centro da cidade na praça Coronel Fernando Prestes, onde se concentrarão os manifestantes contra a reforma da previdência.
Um dos organizadores da passeata, o estudante de biologia da Ufscar do campus de Sorocaba, Raul Amorin, 22, explica como o movimento está coordenando o evento. “Nós estamos organizando junto das entidades e organizações estudantis de Sorocaba, no caso, o Levante Popular da Juventude, o Coletivo Enfrente, a União da Juventude Socialista e a Ação Antifascista. Estamos convidando os estudantes por meio de passagem nas escolas e nas redes sociais,” afirmou Amorin.
De acordo com o movimento estudantil, a passeata deve atingir o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “O ato tem por objetivo dar um recado direto ao governo de que não aceitaremos a reforma da previdência, e os cortes na educação. Com a reforma, a juventude, que já não consegue trabalho formal devido a reforma trabalhista de Temer e sua precarização do trabalho, vai trabalhar até morrer, porque não conseguirá se aposentar,” alegou o representante.

Apoio dos vereadores
Agendada para próxima sexta-feira, a Greve Geral soma apoio de parlamentares de Sorocaba. Os vereadores do Partido dos Trabalhadores, Iara Bernardi e Francisco França se manifestaram favoráveis aos atos do dia 14 de junho. “Eu apoio, participo e convoco. O futuro e aposentadoria dos trabalhadores corre perigo. Eu luto também pela Educação, contra os cortes criminosos no orçamento da educação infantil, fundamental, médio e nas nossas universidades públicas. Sobram motivos para protestos e mobilização,” garantiu Iara Bernardi.
A representante do Partido Socialismo e Liberdade, Fernanda Garcia confirmou que deve apoiar as manifestações. Em entrevista, a parlamentar explicou que foi convidada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) para comparecer aos atos em frente a entidade sindical, mas que também estuda a possibilidade de integrar a ação dos estudantes na região da zona norte.
A concentração da passeata está marcada para as 8h30 de sexta-feira (14), na avenida Itavuvu nº 2887. Segundo os organizadores são esperados de 200 a 500 manifestantes no local.

Contra o movimento
Todos os 20 vereadores da cidade foram questionados sobre qual seria o posicionamento oficial de cada um. Até o momento, Irineu Toledo (PRB) foi o único que se disse contrário. “Não apoio nenhum movimento cuja iniciativa seja do PT e seus admiradores,” esbravejou o parlamenta. Wanderley Diogo (PRP) esclareceu que preferia não se manifestar sobre o caso.

O Partido da Social Democracia Brasileira se posicionou favorável a reforma da previdência. “O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciou nesta terça-feira (11) que o partido fechou questão a favor da reforma da Previdência. Segundo ele, os deputados vão votar “sim” ao texto principal ressalvados dois destaques,” anunciou a sigla por meio de nota.
Anselmo Neto (PSDB) declarou apoio as manifestações contra reforma, mesmo contrariando o posicionamento nacional do partido. “Eu apoio qualquer tipo de manifestação pelas garantias dos direitos trabalhistas, mas não estou ciente do conteúdo dessa paralisação, se por reposição salarial apenas ou por melhorias no serviço também. De qualquer forma, creio que existem maneiras de se protestar e garantir seus direitos sem afetar a população que necessita do transporte público,” declarou Neto.

Sem respostas
A Polícia Militar da cidade foi questionada e informou que até o momento, não há um planejamento especial sobre os atos. A Prefeitura Municipal também foi procurada para comentar sobre os impactos da Greve Geral na cidade, mas até agora não enviou nenhum posicionamento oficial.