Corregedoria da PM de SP faz operação contra policiais suspeitos de envolvimento em assassinato no aeroporto

São cumpridos 15 mandados de prisão na capital e na Grande São Paulo; entre os alvos está o policial suspeito de atirar contra delator no aeroporto de Guarulhos em novembro

Corregedoria da PM de SP faz operação contra policiais suspeitos de envolvimento em assassinato no aeroporto Imagem por Governo do Estado de São Paulo e Texto por Governo do Estado de São Paulo
  • 16/01/2025 às 12:44
  • Atualizado 16/01/2025 às 12:44
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A Corregedoria da Polícia Militar deflagrou nesta quinta-feira (16) uma operação para cumprir 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de estarem envolvidos com uma organização criminosa. Os mandados são cumpridos em endereços da capital e Grande São Paulo. Entre os investigados está um PM identificado como autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach no aeroporto de Guarulhos, em 9 de novembro.

A ação, denominada Prodotes, conta com a participação da força-tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública, que busca identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime.

Os policiais militares integrantes da quadrilha passaram a ser investigados em março do ano passado, quando a Corregedoria recebeu uma denúncia sobre possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção.

Essa investigação evoluiu para um inquérito policial militar, instaurado cerca de sete meses depois, no qual foi apurado que os envolvidos, entre militares da ativa, da reserva e até ex-integrantes da instituição, conseguiam favorecer membros de uma organização criminosa, evitando prisões ou prejuízos financeiros.

Entre os beneficiados pelo esquema estavam líderes da facção e até mesmo pessoas procuradas pela Justiça.

Foi descoberto, ainda, que policiais prestavam escolta para criminosos, como é o caso do homem assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ele tinha envolvimento com lavagem de dinheiro e duplo homicídio. Os militares que prestavam serviço ao suspeito sabiam sobre os crimes e também integravam à quadrilha.

Após as investigações, a Corregedoria conseguiu, junto à Justiça, a expedição dos mandados. Mais detalhes serão informados ao término da operação.