Vitor do Super José nega manobra para assumir cadeira da Câmara e abandonar partido

Vitor Francisco da Silva, o Vitor do Super José (PRP), negou na terça-feira (16) que planeja uma manobra ao assumir a vaga de suplente na Câmara e posteriormente realizar a troca de partido assim que a chamada janela, que possibilita a troca de partido sem eventual perda de mandando, for aberta. A afirmação de Vitor foi dada instantes após ele protocolar no Legislativo documentação da Justiça Eleitoral afirmando que é o primeiro suplente do partido. Em tese, a situação pode colocá-lo na cadeira que pertencia à Saulo da Afro Arts, que teve o mandato cassado em 2014 e que atualmente é ocupada por Wanderlei Diogo.

“No momento, estou no PRP. O futuro depois tem que ver. Não posso tomar atitude agora sem ter alguma novidade dentro do partido. Se o partido estiver caminhando junto não há motivos para sair”, destaca. Vitor também foi questionado se não teme problemas do PRP. “Não temo. O Irã (José Irã da Silva, presidente do partido) é parceiro e tem que respeitar o que acontece dentro do partido. Ele deve estar junto com os vereadores para caminhar junto com a base”, diz.

Vitor, que cumpriu pena da justiça comum por furto de energia e teve que prestar serviços comunitários, disse que ainda que não chegou a conversar o colega Diogo, que ocupa a cadeira do partido na Câmara. “Nem conversei com ele porque quando ele entrou para ocupar a vaga do Saulo, ele entrou dessa maneira. Eu estou fazendo o mesmo que ele fez com o Saulo”, expõe. “Meu objetivo foi cumprido. Agora, eu não tenho nada com a justiça. Já está tudo pago e voltamos à vida pública de novo. Conversei com o advogado e ele disse que está tudo ok. Não tem impedimento nenhum e se houver impedimento aqui, nós vamos entrar via judiciário”, conclui.

Laerte Moletta (PEN), que é pré-candidato a prefeito de Sorocaba e também advogado de Vitor, comentou a situação ainda nesta terça-feira. “Vamos aguardar se a Câmara vai dar posse, ou vamos tomar as medidas jurídicas que a gente julgar entender necessárias”, garante.

Na sessão

Mais cedo, durante a sessão ordinária, Francisco Martinez (PSDB), presidente do Legislativo local, explicou os tramites da situação durante coletiva de imprensa. “Ele se comprometeu a trazer os documentos atuais. Aí, sim, se a Justiça Eleitoral disse que ele tem direito de assumir, não tem o porquê barrá-lo”, disse. Conforme o presidente, a certidão apresentada era de 2014, portanto, desatualizada. Os documentos foram apresentados na tarde de segunda-feira (15).

Wanderlei Diogo disse estar tranquilo e confiante de que terminará o mandato. ”Enquanto há essas conversas por aí, eu estou trabalhando. Sou vereador, por enquanto. Eu acho que isso é questão de justiça. Estou na forma da lei. Não adianta eu ficar falando muito porque não sou a justiça. O povo esta vendo o meu trabalho. Só vou pedir para que Deus continue me ajudando”, comenta. “Hoje sou o líder do partido e o PRP está redondo e essas coisas ocorrem para desestruturar o partido. Vamos aguardar essas conversas. O partido está unido”, termina.

Ninguém do diretório do PRP foi localizado para comentar o caso. 

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