Sorocaba acumula 368 casos de dengue desde julho de 2015

Sorocaba acumula 368 casos de dengue desde julho de 2015 Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 27/06/2016 às 22:09
  • Atualizado 12/09/2022 às 22:09
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Município teve primeira confirmação de óbito pela doença

 

Novo boletim divulgado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria de Saúde de Sorocaba (SES), nesta segunda-feira (27), aponta que 368 casos de dengue (275 autóctones e 93 importados) foram confirmados desde julho de 2015. Um caso de óbito por dengue, que estava sob investigação pela DVE/SES, teve o diagnóstico confirmado pelo sorotipo 1 da doença, vírus de maior circulação no município. É o primeiro do tipo no atual Ano-Dengue (2015-2016), que se encerra em 2 de julho.

Até o 18 de junho, a incidência de casos da doença no Ano-Dengue 2015-2016 foi de 57,06 para cada 100 mil habitantes. No Ano-Dengue 2014-2015, o número de registros chegou a 8.921,23 para cada 100 mil munícipes. No período, aliás, Sorocaba viveu uma epidemia de dengue e contabilizou 37 mortes. O boletim da DVE/SES mostra dados até a Semana Epidemiológica (SE) 24. A queda no número de casos no Ano-Dengue 2015-2016 é evidente. O pico de registros da doença ocorreu na SE 15, com 35 no total. Depois disso, porém, o gráfico sobre a distribuição da doença mostra declínio.

 

Por região

A predominância de casos autóctones no atual Ano-Dengue é observada na Regional Oeste de Saúde, com 131 ao todo e a maioria, 21, na região da Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque São Bento. Depois, com a segunda maior quantidade de registros, está a Regional Sudeste, com 77, sendo 18 na área da UBS Vila Haro. Por último, vem a Regional Norte, com 67 casos e 15 somente na abrangência da UBS Jardim Maria do Carmo.

“Nota-se que estamos com as áreas em estado de alerta, porém em declínio acentuado dos casos nas últimas semanas”, reitera a DVE/SES. Acrescenta, também, que “o vírus predominante circulante continua sendo o sorotipo DEN1”. Apenas um exame, encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz de forma amostral, apontou o sorotipo DEN4. “O paciente era morador de rua, não tendo endereço fixo, nem possibilidade de investigação quanto ao local provável de infecção”, esclarece a DVE/SES.

 

Ações continuam

Embora a cidade esteja em melhor situação quanto às confirmações da doença se comparada àquela do Ano-Dengue 2014-2015, as ações semanais de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e também da zika e chikungunya, continuam.

Nesta semana, as visitas dos agentes às casas e o controle de criadouros do Aedes aegypti ocorrem nos bairros Nova Sorocaba, Vila Angélica, Jardim Maria do Carmo, Vila Gabriel, Jacutinga, Jardim Rodrigo, Jardim Guaíba, Jardim Santo André I, Jardim São Conrado e Jardim Montevidéu. Além disso, uma equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria Estadual de Saúde, estará no bairro Júlio de Mesquita para o mesmo procedimento. Já as nebulizações serão realizadas na Vila Colorau e no Jardim Vera Cruz.

“Mantemos a orientação de monitoramento dos imóveis e enfatizamos a importância de combatermos o Aedes aegypti como única forma de controlar a disseminação das três doenças (dengue, zika e chikungunya). Elimine recipientes com água parada e trate com sabão em pó ou detergente os criadouros que não possam ser eliminados”, orienta a DVE/SES.

A DVE/SES alerta que, além de serem intensificadas as medidas de eliminação de criadouros, os munícipes devem procurar imediatamente uma unidade de saúde caso apresentem sintomas de alguma das três doenças. “Também é importante se hidratar em abundância, permanecer em repouso, usar repelente e só fazer uso de medicamentos sob prescrição médica”, enfatiza Rafael.

 

Zika, chikungunya e microcefalia

No boletim divulgado pela DVE/SES também constam informações sobre zika, chikungunya e microcefalia. Em relação à primeira delas, são, ao todo, 74 notificações no período do levantamento. Três casos foram confirmados por exames laboratoriais (dois importados e um autóctone) e 09 por critério clínico-epidemiológico.

A DVE/SES informa, ainda, que 43 casos foram descartados para a doença e outros 19 continuam sendo investigados. Há ainda 13 gestantes que tiveram suspeita de zika, por apresentarem manchas pelo corpo. Em exames, porém, 06 casos tiveram diagnóstico negativo para a patologia. O restante aguarda os resultados.

No que se refere à microcefalia, houve notificação de 06 casos envolvendo crianças com suspeita da doença. Um deles foi descartado após exames e outros cinco permanecem em investigação quanto à microcefalia e possível correlação com o vírus zika.

Quanto à chikungunya, foram 48 notificações, sendo 17 descartadas. E 16 tiveram confirmação: 08 por exames laboratoriais e 08 por critério clínico-epidemiológico. Outros 15 estão aguardando resultados.

“Reforçamos ainda mais o alerta aos profissionais de saúde para que fiquem atentos aos sinais e sintomas das três doenças, identificando os casos suspeitos, notificando-os imediatamente, e também para que fiquem atentos aos protocolos de atendimentos e tratamentos preconizados pelo Ministério da Saúde”, ressalta a DVE/SES.