Secretaria de Saúde afirma que se esforça para resolver problemas do Vera Cruz

Secretaria de Saúde afirma que se esforça para resolver problemas do Vera Cruz Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 05/10/2015 às 14:22
  • Atualizado 12/09/2022 às 14:22
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A SES (Secretaria de Saúde de Sorocaba) afirmou nesta quinta-feira (1º) que se esforça para regularizar a situação do Hospital Psiquiátrico Vera Cruz, onde mantém convênio com o Instituto Moriah. 

Via nota da Assessoria de Imprensa, a pasta assumiu a dívida com o instituto, mas falou em esforços para regularizar a situação. “A Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) deve o valor do mês integral de setembro (R$ R$ 2.364.334,00) e está fazendo esforços para conseguir realizar este repasse o mais rápido possível. A SES não permitirá que se chegue a essa situação, de pacientes sem comida e sem medicação”, diz a nota. “A SES trabalha com o cumprimento do TAC dentro de seu prazo, que é até dezembro de 2016” ressalta.

 

Possível colapso foi afirmado após visita

A visita a entidade foi realizada na terça-feira (29) por vereadores que compõe a chamada CPI das entidades. “A alimentação armazenada no hospital dura apenas dois dias para atender todos os pacientes. Os medicamentos armazenados, conforme a própria enfermeira, dura quatro ou cinco dias. Os médicos já mandaram documento para a Prefeitura de Sorocaba afirmando que entrarão em greve por atraso no pagamento”, justifica Rodrigo Manga (PP). “Como que vive um hospital sem alimentação, sem remédio e sem médico?”, questiona. “É inevitável afirmar que o hospital está à beira de um colapso”, diz Manga.

Conforme o vereador, dos mais de quinhentos pacientes da entidade, apenas dezesseis voltaram ao convívio familiar (desinstitucionalização), índice que fica pouco acima de 3%. “Vendo tudo isso, a Comissão vai pedir a revisão do TAC firmado em 2012”, garante. “Na teoria era tudo muito bonito, mas na prática a gente vê que não tem funcionado na prática”, complemente. O TAC, que é um termo de ajuste de contudo que a Prefeitura de Sorocaba deveria cumprir, não será atendido até 2016, conforme o vereador.

Marinho Marte (PPS) também seguiu a mesma linha ao avaliar a visita. “Cabe ao Executivo arcar que com suas responsabilidades, porque estamos a beira de colapso. Fornecedores estão cobrando. Caso não haja ação da Prefeitura de Sorocaba, estaremos com caos na saúde mental de Sorocaba. E uma situação gravíssima”, afirma Marinho Marte. Marinho garantiu que tentaria uma audiência com secretários municipais e com o próprio prefeito Antonio Carlos Pannunzio. “O MP já foi alertado”, completa.

Durante a visita, os vereadores receberam a informação de que R$ 4 milhões em repasse estão atrasados. No entanto, a situação com relação ao tratamento médico e com as dependências da unidade, não houve constatações graves, como nas visitas anteriores.  “Apesar da ausência do poder público, no que se refere aos repasses, sentimos que o hospital está mais humanizado. Houve um choque positivo nesse sentido”, pondera Marte.

Os vereadores Luis Santos (PROS) e Francisco França (PT) também acompanharam a vistoria.