Hospital Vera Cruz está à beira do colapso, afirmam vereadores após visita surpresa

Hospital Vera Cruz está à beira do colapso, afirmam vereadores após visita surpresa Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 30/09/2015 às 00:27
  • Atualizado 12/09/2022 às 00:27
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O Hospital Vera Cruz está à beira do colapso. Essa afirmação foi feita pelos vereadores Rodrigo Manga (PP) e Marinho Marte (PPS) após visita surpresa à entidade realizada nesta terça-feira (29) por vereadores que compõe a chamada “CPI das entidades.”

“A alimentação armazenada no hospital dura apenas dois dias para atender todos os pacientes. Os medicamentos armazenados, conforme a própria enfermeira, dura quatro ou cinco dias. Os médicos já mandaram documento para a Prefeitura de Sorocaba afirmando que entrarão em greve por atraso no pagamento”, justifica Rodrigo Manga. “Como que vive um hospital sem alimentação, sem remédio e sem médico?”, questiona. “É inevitável afirmar que o hospital está à beira de um colapso”, diz Manga.

Conforme o vereador, dos mais de quinhentos pacientes da entidade, apenas dezesseis voltaram ao convívio familiar (desinstitucionalização), índice que fica pouco acima de 3%. “Vendo tudo isso, a Comissão vai pedir a revisão do TAC firmado em 2012”, garante. “Na teoria era tudo muito bonito, mas na prática a gente vê que não tem funcionado na prática”, complemente. O TAC, que é um termo de ajuste de contudo que a Prefeitura de Sorocaba deveria cumprir, não será atendido até 2016, conforme o vereador.

Marinho Marte também seguiu a mesma linha ao avaliar a visita. “Cabe ao Executivo arcar que com suas responsabilidades, porque estamos a beira de colapso. Fornecedores estão cobrando. Caso não haja ação da Prefeitura de Sorocaba, estaremos com caos na saúde mental de Sorocaba. E uma situação gravíssima”, afirma Marinho Marte. Marinho garantiu que tentaria uma audiência com secretários municipais e com o próprio prefeito Antonio Carlos Pannunzio. “O MP já foi alertado”, completa.

Durante a visita, os vereadores receberam a informação de que R$ 4 milhões em repasse estão atrasados. No entanto, a situação com relação ao tratamento médico e com as dependências da unidade, não houve constatações graves, como nas visitas anteriores.  “Apesar da ausência do poder público, no que se refere aos repasses, sentimos que o hospital está mais humanizado. Houve um choque positivo nesse sentido”, pondera Marte.

Os vereadores Luis Santos (PROS) e Francisco França (PT) também acompanharam a visita.