Fernanda oficia CPI para que pessoas que aguardam na fila da saúde sejam ouvidas em oitivas

A vereadora Fernanda Garcia (PSOL) oficiou, nesta quinta-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde para que ouça pessoas que aguardam na fila de espera para serem atendidas. A CPI irá investigar as denúncias levantadas pela Polícia Federal que revelam um esquema de desvio de verba pública da saúde e lavagem de dinheiro por parte do prefeito de Sorocaba afastado, Rodrigo Manga (Republicanos).

Conforme o documento, Fernanda pede que seja incluído no calendário de oitivas um munícipe de cada especialidade que aguarda em fila para passar com especialista médico, realizar exame ou cirurgia eletiva. Para ela, a medida visa dar nomes e rostos para a interminável lista de espera que poderia ser minimizada se não houvessem desvios de verba.

"Quantas pessoas poderiam ter o alívio do sofrimento que é ficar com dor esperando uma cirurgia se o prefeito investisse na saúde? Quantas pessoas não precisariam se endividar pagando procedimentos no particular por não aguentar mais esperar? Porém o que a PF tem demonstrado é um descaso tão grande do Manga com a vida dessas pessoas a ponto de montar um esquema de corrupção para desviar dinheiro público da nossa saúde. Inadmissível", critica Fernanda.

 

CPI Chapa Branca

A vereadora do PSOL ainda apontou o contrassenso de ter dois aliados de Rodrigo Manga na presidência e relatoria da CPI. A eleição de ambos os cargos também foi realizada nesta terça-feira (13) e consolidou o vereador Cláudio Sorocaba (PSD) como presidente e o vereador Cristiano Passos (Republicanos) como relator da comissão.

"É lamentável que tenhamos mais uma CPI Chapa Branca nesta Casa. O vereador Cristiano é companheiro de partido do prefeito afastado e vice-líder do governo. Já o Cláudio tem relações tão próximas ao Manga que foi cotado para ser vice-prefeito na última eleição municipal. Por isso, estarei enquanto membro fiscalizando cada etapa dessa CPI e, se necessário, discutir com outros vereadores da oposição para construir um relatório à parte", concluiu a parlamentar.