SP prorroga fase de transição até 30 de junho com os mesmos horários de funcionamento

SP prorroga fase de transição até 30 de junho com os mesmos horários de funcionamento Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 09/06/2021 às 14:29
  • Atualizado 12/09/2022 às 14:29
Compartilhe:

Tempo de leitura: 00:00

Por recomendação do Centro de Contingência, municípios com mais de 90% de taxa de ocupação de leitos de UTI podem adotar medidas mais restritivas

O Governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (9) a prorrogação da fase de transição do Plano São Paulo para todo o Estado até o dia 30 de junho. As regras atuais permanecem as mesmas: funcionamento das atividades econômicas até as 21 horas e permissão de 40% de ocupação nos estabelecimentos.

“Devido ao aumento dos índices da pandemia, sobretudo em algumas áreas localizadas aqui do estado de São Paulo, o Centro de Contingência decidiu prorrogar por mais duas semanas a atual fase de transição. É uma medida de cautela e de proteção de vidas, e temos a certeza de que estamos evoluindo de forma segura nas próximas semanas”, afirmou Doria.

Estabelecimentos comerciais, galerias e shoppings podem funcionar das 6h às 21h. O mesmo expediente é seguido por serviços como restaurantes e similares, salões de beleza, barbearias, academias, clubes e espaços culturais como cinemas, teatros e museus. Para evitar aglomerações, a capacidade máxima de ocupação nos estabelecimentos liberados continua limitada em 40%.

Permanecem liberadas as celebrações individuais e coletivas em igrejas, templos e espaços religiosos, desde que seguidos rigorosamente todos os protocolos de higiene e distanciamento social.

O toque de recolher continua nas 645 cidades do Estado, das 21h às 5h, assim como a recomendação de teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.

No entanto, o Centro de Contingência recomenda que os municípios com taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) acima de 90% estão autorizados a avaliar a necessidade de adotar medidas mais restritivas do que as regras estabelecidas na fase de transição do Plano São Paulo.

“O Centro de Contingência vê com preocupação o momento da pandemia, com uma elevação ainda que numa velocidade pequena do número de internações hospitalares e de UTI, e por isso recomendou avaliação de cada município com mais de 90% de ocupação dos leitos de UTI”, reforçou o Coordenador Executivo do Centro de Contingência da COVID-19, João Gabbardo.

Nesta quarta-feira, a taxa de ocupação de UTIs por pacientes graves com COVID-19 está em 82,1% no Estado e em 79,4% na Grande São Paulo. O total de internados em UTIs era de 11.189 em todo o Estado, com outros 13.358 pacientes em vagas de enfermaria.

Incentivo na economia

A Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, anunciou a extensão de benefícios concedidos a estabelecimentos comerciais afetados pela pandemia, com a não suspensão do fornecimento de água pela Sabesp e um programa de renegociação de débitos. O alvo são 600 mil estabelecimentos que têm consumo de até 100 metros cúbicos ao mês.

A vigência é de 1º de junho a 31 de agosto e não haverá a interrupção dos serviços da Sabesp no período. Os débitos existentes, incluindo acordos durante a pandemia, poderão ser renegociados sem multa e juros, e os estabelecimentos negativados terão os efeitos suspensos após a repactuação. O prazo de parcelamento é de até 12 meses.

“O incentivo do Estado para empresas passa pela concessão de mais de R$ 2 bilhões em créditos e microcréditos pelo Desenvolve SP e Banco do Povo, além de parcerias com o Sebrae e a Junta Comercial para abertura de empresas”, afirmou Patrícia Ellen.

Nos primeiros meses do ano, São Paulo registrou três recordes de abertura de empresas: 23.576 empresas abertas em fevereiro, 22.144 em abril e 24.585 em maio.