Atravessar pontos das avenidas Ipanema e Itavuvu vira desafio para pedestres

Atravessar pontos das avenidas Ipanema e Itavuvu vira desafio para pedestres Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 26/06/2015 às 18:53
  • Atualizado 12/09/2022 às 18:53
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O último parágrafo do artigo 29 do CTB (Código Brasileiro de Trânsito) é claro: Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade, ou seja, pela segurança dos pedestres. Porém, não é isso que se vê nas vias de Sorocaba, em especial, nas Avenidas Ipanema e Itavuvu, os dois principais corredores da Zona Norte da cidade.

Os problemas na Ipanema já começam logo no início da via. “É difícil você atravessar pela faixa de pedestre. Na verdade, a situação obriga você a ignorar a faixa. Se eu estou aqui na Ipanema e quiser ir até o PA, eu terei de descer até o posto ou até o Banco do Brasil”, diz a balconista Flávia Amaral. “Deveria facilitar a vida da gente, mas não é isso que acontece”, argumenta. Próximo do lugar, pedestres se arriscam pulando a grade de proteção em frente a um hipermercado. O objeto foi instalado exatamente para protegê-los. Aliás, em muitos pontos há negligência por parte de quem anda a pé, algumas delas flagradas pela reportagem. Mas a insegurança gerada pela falta de opção se sobressai.

Outros dois trechos da Avenida Ipanema também chamam a atenção. Do semáforo da via na antiga garagem da TCS até semáforo nas proximidades do Supermercado Lúzio, são mais novecentos metros e sem uma única faixa de pedestre. A situação se repete em outro ponto da mesma via, entre o mini terminal de ônibus da Vila Helena até a altura da Farma Ponte, no bairro Nova Sorocaba. A exemplo do trecho anterior, não há uma única faixa de pedestre em quase um quilômetro nos dois sentidos da via.

É neste trecho, na atura do Supermercado Lopes, que talvez ocorra o ponto mais perigoso. Pedestres se arriscam durante todo o dia na tentativa de se locomover entre os bairros Vila Nova Sorocaba e Vila Helena. O ponto tem registro de vários atropelamentos, vários deles relatados esse ano pelo Jornal Z Norte. “Não há muito o que fazer. A gente espera o melhor momento, mas ainda com muito perigo”, afirma a estudante Evelin Candido, que tentava atravessar avenida acompanhada da mãe. O pedreiro Mauro Ramos compartilha da mesma opinião. “Agora, ainda está tranquilo. No fim da tarde fica muito mais perigoso, porque os carros param, mas as motos passam entre eles. Já teve muitos atropelamentos, aqui”, conclui.

Em um dos casos foi registrado em 25 de abril, uma mulher foi arremessada por um veículo enquanto tentava atravessar a via próximo do semáforo. Em outro caso, que ocorreu em 25 de junho, duas mulheres foram atropeladas logo após deixaram o supermercado da via.

 

Itavuvu

Na Avenida Itavuvu, não menos perigosa, os pedestres também reclamam. E há razão para tanta reclamação, em alguns casos até patrocinado pelo poder público. “Eu esperei oito minutos para atravessar. É muito perigoso”, reclama o ajudante geral Paulo da Cruz, após cruzar a via na altura da loja Havan. “E você percebe que tem esses pontos de saída aí, mas nenhum deles tem faixa de pedestre”, relata.

Os pontos de saída aos quais se refere o ajudante são áreas destinadas a travessia existente nas grades de proteção no decorrer de parte da via. Em determinados trechos, há sete dessas saídas para pedestres sem uma única faixa de travessia.

 

Urbes

Apesar dos problemas relatados pelos munícipes na reportagem, a urbes preferiu o silêncio diante da situação. Questionada, a autarquia afirmou que se posicionaria sobre os problemas até fim da tarde desta quinta-feira (25), fato que não ocorreu até o fechamento desta edição.