Vice-prefeita ministra palestras na Semana de Jornalismo da Uniso

A vice-prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho, foi a palestrante do segundo dia de programação da Semana de Jornalismo, organizada pela Universidade de Sorocaba (Uniso), em parceria com a Associação Sorocabana de Imprensa (ASI), nesta terça-feira (8). Com o tema: Assédio Moral: Direitos e Mídia, a vice-prefeita, que é formada em direito e atuou por mais de 20 anos como delegada nas Delegacias de Defesa da Mulher de Itapetininga e Sorocaba, abordou a um auditório lotado de estudantes das áreas de Comunicação Social e Direito, os conceitos jurídicos sobre assédio moral, suas implicações, reflexos e tratamento dado pela mídia, fake news, além de destacar ainda questões relacionadas à segurança pública, empoderamento feminino e a necessidade de maior participação da mulher em cargos eletivos nos poderes Legislativo e Executivo. A primeira palestra aconteceu por volta das 9h e, a segunda, estava agendada para as 19h15 no campus Cidade Universitária da Uniso, que fica no km 92,5 da rodovia Raposo Tavares.Durante o evento, a vice-prefeita destacou que o surgimento do tema “assédio moral” passou a ganhar forma a partir do ano 2000, inicialmente em livros, produções acadêmicas e legislações. E, a partir daí, houve uma intensificação do assunto por parte dos veículos de comunicação. Jaqueline Coutinho abordou também a liberdade de expressão quando esta se relaciona ao assédio moral. Apresentou decisões de Tribunais de Justiça contra e a favor da ação sob o entendimento do magistrado, demonstrando a complexidade do tema. “Justo é que existam mecanismos para quem se sente prejudicado pelos veículos de comunicação, buscando a reparação perante o Judiciário em virtude de eventuais abusos cometidos. Justo também que os profissionais da imprensa, que se tornaram vítimas por terem sua liberdade de expressão violada também o façam”, disse.Ainda durante a palestra, a vice-prefeita abordou sobre as mídias sociais e os chamados fake news, que são notícias falsas, mas que aparentam ser verdadeiras. “A era digital demanda que a convivência humana nas mídias sociais e internet como um todo, seja pautada pelo discernimento de que haverá consequências legais e sociais para aqueles que disseminarem ameaças, preconceito, ódio, discriminação, assédios por toda a natureza”, explicou.

De acordo com a palestrante, o embate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho, por exemplo, crime ainda não tipificado por nosso ordenamento pátrio, ou seja, em relação às leis e normas estabelecidas no País, exige a formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais da saúde, sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o tema. “São passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e violências e que seja sinônimo de cidadania”, concluiu.

O evento, que segue até a próxima sexta-feira, dia 11, marca o Dia Municipal do Jornalismo, comemorado em 8 de maio, e recebe profissionais da região, da Capital, além de integrantes dos movimentos estudantis.