Sem previsão de repasses, Saúde tem déficit de R$ 15 milhões e novos cortes podem ocorrer

A Secretaria de Saúde Sorocaba tem atualmente um déficit previsto até o fim do ano de R$ 15 milhões. A informação foi dada pelo secretário de planejamento, Edson Ortega, durante coletiva de imprensa após ter prestado esclarecimento em sessão da Câmara que ocorreu nesta sexta-feira (9). O intuito da presença do secretário era falar sobre o Comitê de Otimização do Gasto Público (Cotim).

O Secretário afirmou que não há repasse previsto para cobrir o rombo e se não houver receitas das ações judiciais do município contra a União ou remanejamento, novos cortes no setor podem ocorrer. “Não tem repasse previsto. O prefeito esteve há quinze dias com o ministro da saúde e conseguiu que eles repassem R$ 740 mil por mês de parte do que eles nos devem”, afirma Ortega. Conforme o secretário, cortes podem ocorrer em outras áreas. “Estão sujeitas outras áreas. Área da educação, área de obras vai ter corte. O prefeito já determinou”, afirma.

Ainda conforme Ortega, o governo federal deve para o município R$ 22 milhões para a área da saúde, enquanto que no caso do estado a dívida é de R$ 27 milhões. 

O requerimento

O requerimento de autoria do vereador Carlos Leite (PT) citava, por exemplo, questões envolvendo o corte de gastos na cultura e as unidades fechadas do Sabe Tudo. O requerimento ainda cita cortes na merenda escolar e o contrato com a empresa que presta serviço na cidade. Outro assunto levado ao secretário Edson Ortega levava em consideração o atendimento na saúde e a contratos emergenciais na cidade. Os gastos com cargos de confiança também foi indagação.

Ortega iniciou falando sobre a queda de arrecadação, especialmente no cenário dos últimos meses. “Estou aqui para mostrar o quanto Sorocaba está sendo vítima dessa situação nacional”, afirma sobre situação a diminuição da arrecadação citando o IPTU, dívida ativa e de valores que deveriam ser repassados pelos governos estadual e federal.

Comissionados

Sobre a questão dos comissionados alocados no Executivo, Ortega afirmou que em pouco mais de dez anos o percentual era de 2,3% do total do funcionalismo, enquanto que atualmente este percentual é de 2%. 

Toni Silveira

A presença do secretário Toni Silveira, da Secretaria de Governo, causou mal estar na sessão. “Para que não haja nulidade na sessão, peço para que o senhor Toni Silveira deixe a sessão”, pediu Marinho Marte (PPS). O pedido foi deferido de imediato pelo presidente Francisco Martinez (PSDB), o que gerou discussão no plenário, especialmente com repudio do líder do governo na Câmara, Anselmo Neto (PSDB), que considerou o pedido de retirada de Toni deselegante. As discussões com relação a presença do secretário ainda contou com Rodrigo Manga (DEM) e Antonio Silvano, o Tonão (SDD).