Desfile tropeiro leva cerca de 600 animais para as ruas

Com a participação de cerca de 600 animais e 800 cavaleiros, de onde se destacaram os tropeiros sorocabanos das duas entidades representantes deste grupo – Associação Tropeira de Sorocaba (ACT) e da Associação dos Tropeiros de Sorocaba e Região (ACTR), a cidade assistiu no último domingo (18) o tradicional Desfile Tropeiro de Sorocaba.

Neste ano, os sorocabanos integraram a viagem que partiu de Itararé no dia 9 de maio em companhia de onze cidades da região e que, em sua quase totalidade, também participaram do desfile.

Famílias inteiras se reuniram no Parque das Águas para iniciar o trajeto de cerca de 3 horas de duração percorrendo a Avenida Dom Aguirre, passando pela área central e voltando pela Avenida São Paulo até ganhar a Dom Aguirre novamente, em direção ao Parque das Águas, no Jardim Abaeté.

Na Praça do Tropeiro, as comitivas receberam novamente uma benção de proteção pelo caminho de volta para casa. Na chegada da tropa, na tarde do sábado (17), o grupo parou no Largo do Divino, no Jardim São Paulo, e lá, também, foi benzida.

“Estamos muito felizes com toda essa acolhida. É um dos melhores desfiles que já fizemos e aqui sim temos os sorocabanos que amam o tropeirismo e valorizam a nossa cultura”, disse o presidente da ACT, Luis Carlos de Moraes. Tanto a ACT quanto a ACTR contaram com o apoio da Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), para levar os 20 animais e 10 tropeiros que refizeram o caminho das tropas a partir de Itararé.

O descanso

No início da noite do sábado (17), na área do antigo Matadouro, no Jardim Brasilândia, a tropa apeou os animais, livrou o peso das selas, pôs os bichos no piquete para comer e foi tirar a poeira do poncho e das botas.

À noite, a viola caipira temperou o pouso dos 40 tropeiros visitantes que percorreram os quase 350 quilômetros que separam Itararé e Sorocaba. Assim como em outros municípios, o grupo foi recebido com comida reforçada e música de raiz; cada qual servindo para aliviar, a seu modo o cansaço acumulado pelos 8 dias na estrada.

A Secult preparou o espaço para acomodar o grupo, oferecendo espaço coberto para dormitório, sanitários com chuveiro quente e um restaurante onde a costela de fogo de chão foi a estrela da refeição servida. “Quando vemos um grupo como este, que todos os anos repete e revive uma parte da história de Sorocaba e da região, temos a certeza de que a tradição se solidifica e ganha maior adesão nesses jovens que estão aqui”, disse a secretária da Cultura, Jaqueline Gomes da Silva.