Dezesseis dos vinte vereadores de Sorocaba são a favor do impeachment de Dilma

Dezesseis dos vinte vereadores de Sorocaba são a favor do impeachment de Dilma Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 17/04/2016 às 18:47
  • Atualizado 12/09/2022 às 18:47
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Dezesseis dos vinte vereadores que compõe a atual legislatura da Câmara de Sorocaba são a favor da abertura do processo de impeachment contra a Presidente da República Dilma Rousseff (PT). O posicionamento dos vereadores é de sexta-feira (14).

Alguns dos vereadores defenderam o posicionamento. Entre os vereadores que estão contra o processo que será votado no domingo (17) está Hélio Godoy (PRB).  “Nossa bancada federal foi a primeira a sair do governo. Então, a bancada é 100% favorável a impeachment. Minha posição é que são frágeis os argumentos jurídicos para ‘impichar’ contra a presidente”, diz Godoy. “Eu tenho dúvida se haverá o voto dos 342 deputados. Pode ser que não haja o impeachment. Precisa haver um amadurecimento do Congresso Nacional, porque não há uma unanimidade. Há uma divisão no país e pode haver uma grande confusão”, pondera o vereador. Conforme Godoy, sem embasamento técnico-jurídico ele não é a favor do processo. Godoy ainda criticou o fato de no Brasil o PMDB comandar a Câmara e o Senado.

Francisco França (PT) líder da bancada na Casa também falou sobre a oposição ao processo. “Somos contra o impeachment porque não há base legal para isso. Não há acusação de nenhum crime contra a Presidente da República. O que existe é a acusação das pedaladas que todos os governos fizeram. Estamos defendemos a democracia, o direito de voto. A oposição não vai conseguir”, diz com otimismo. França viajará para Brasília para acompanhar a votação, assim como o vereador Izídio de Brito.

 

Favoráveis

“Lógico que respeitado os prazos regimentais e a tramitação regular do processo de acatamento, eu sou favorável. A situação está literalmente incontrolável”, diz Marinho Marte (PPS). “O momento é grave. Não há alternativa diante desta avalanche de provas, ou indícios envolvendo profundamente as nossas autoridades”, destaca. 

“Sou favorável e tenho certeza que já está sendo desenhado o processo do impeachment”, diz Fernando Dini (PMDB), mesmo partido do vice-presidente Michel Temer. Segundo ele, seu posicionamento se deve ao pedido feito pelos juristas e pelas “mentiras feitas durante a campanha”. Dini ainda falou que teme por uma possível convulsão social após a votação. “Tememos, sim. Até porque o próprio Presidente Lula falou que seria a única pessoa no mundo capaz de incendiar esse país. Nós não queremos que isso aconteça. Queremos que a vontade do povo seja respeitada”, conclui.

Wanderley Diogo, líder do PRP na Câmara falou em nome da bancada. “Sou favorável como nossa bancada é favorável. Vai ser bom para o Brasil. Os empresários só vão começar a investir quando houver impeachment”, diz. Diogo falou também sobre a votação. “Acho que vai passar, não vai ser fácil, mas vai passar”, termina.

O vereador Anselmo Neto (PSDB) se posicionou a favor do impeachment, mas não pelas chamadas pedaladas fiscais, mas pela falta de governabilidade da presidente. “Eu vejo que a Presidente perdeu o poder de governar o país. Toda vez que ela se vê acuada ela diz que vai propor um pacto de coalizão. Ela nunca faz isso. Ela tem que sair. O que eu não consegui me convencer ainda é do crime de responsabilidade. Eu sei que as pedaladas ocorreram, mas isso ocorre em todos os governos, em várias esferas”, explana. “Para que esse crime de responsabilidade possa ensejar o impeachment ele tinha que ser comprovado e julgado”, termina.   

 

Favoráveis ao andamento do processo: Antonio Silvano, o Tonão (SDD), Anselmo Neto (PSDB), Gervino Cláudio Gonçalves, o Cláudio do Sorocaba I (PR), Francisco Martinez (PSDB), Francisco Moko Yabiku (PSDB), Luis santos (PROS), Rodrigo Manga (DEM), José Crespo (DEM), Pastor Apolo (PSB), Fernando Dini (PMDB), Marinho Marte (PPS), Muri de Brigadeiro (PRP), Waldecir Morelly (PRP), Wanderley Diogo (PRP), Irineu de Toledo (PRB) e Jessé Loures (PV).

 

Contrários ao andamento do processo: Francisco França (PT), Carlos Leite (PT), Izídio de Brito (PT) e Helio Godoy (PRB).