Desativação do presídio do Mineirão é uma das metas de Raul Marcelo

Desativação do presídio do Mineirão é uma das metas de Raul Marcelo Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 10/10/2014 às 11:16
  • Atualizado 12/09/2022 às 11:16
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Eleito com 47.923 votos – (0,23% do total do Estado) – sendo 34.023 dos votos adquiridos em Sorocaba, ou 11,95% do total de votos na cidade, Raul Marcelo (PSOL) garante que completará o mandato que começa em janeiro do ano que vem e termina em 2018. Primeiro que a mina intenção é terminar o mandato de deputado estadual. “Temos um mandato com independência, não pegamos dinheiro de nenhuma empreiteira”, conta Raul. “Outra questão é o desempenho do Pannunzio até 2016. Se continuar assim, o povo vai pedir para que a gente saia candidato. Se o governo Pannunzio continuar regredido, o anseio da população será para que a gente se candidate, mais isso tudo para se avaliar”, ressalta.

Raul Marcelo já definiu suas prioridades na Assembleia legislativa. Ele também lembrou que quando atuou na CPI da saúde que contribui para a operação Hipócrates, que desmantelou uma quadrilha que atuava no hospital regional e que o trabalho de investigação deve continuar. “Vamos fazer alguns pedidos de investigações, entre eles é do Sabesp, que é um órgão estadual que não está fazendo seu trabalho como deveria. E Sorocaba está sofrendo com isso. Nós queremos fazer uma investigação nesse sentido. Essa é a nossa prioridade zero”, explica. “Outra questão prioritária é a desativação do presídio do Mineirão (Centro de Detenção Provisória Danilo Pinheiro) e transformar o prédio em escola técnica. Quando ele foi feito, não havia cidade. Que se faça um presidio em outro lugar. A própria legislação prevê presídio em margens de rodovia”, continua.

Raul Marcelo aproveitou para agradecer pelos votos conquistados na Zona Norte. “Primeiro eu queria agradecer, sobretudo, os moradores Zona Norte. Apesar de ter ficado quatro anos sem mandato, conseguimos quase o número de votos da eleição passada e muito disso se deve a Zona Norte da cidade. Sempre mantivemos a coerência, fazendo uma campanha limpa. Esse resultado é fruto do nosso trabalho. Não fazemos essa política ultrapassada com barganhas de cargos. A vitória do Raul foi é coletiva”, conta. “A gente sempre em uma campanha com a esperança de vencer. Mas havia uma expectativa de redução de votos. Tinha a questão de que a gente não tinha recurso. Foi uma campanha modesta. Como eu não tinha mandado, a gente perdeu a participação na região.”

O novo deputado também falou sobre como pretende trabalhar a diversidades das cadeiras de acordo com os resultados do pleito.  “Teve um aumento da quantidade de cadeiras de parlamentares ligados a igreja e quero dialogar com eles. Também aumentou os números de pessoas ligadas à segurança pública na assembleia. Vamos trabalhar juntos no sentido de melhorar a questão da segurança pública. Vamos defender a unificação das polícias e favorecer a investigação na segurança púbica. Outra área que a polícia precisa atuar é na questão dos crimes de colarinho branco. Também vamos trabalhar para que isso aconteça. Nós queremos montar uma força suprapartidária para discutir essa questão na assembleia para que a gente possa reformular as políticas de segurança pública no Estado de São Paulo. São mudanças importantes, estratégicas e urgentes”, elenca.

Um dos caminhos no segundo turno, conforme o deputado recém-eleito, é a neutralidade. “O governo na Dilma é continuar tudo como está hoje E o do Aécio é um retrocesso imenso. Jamais subiremos no palanque com o PSDB. Subir no palanque da Dilma também é difícil, mas vamos discutir isso. Eu jamais faria campanha para o PSDB”, diz. “De repente, a neutralidade seja o melhor caminho. PSDB é oposição de direita e nós somos oposição de esquerda. Estamos em lados absolutamente inversos no espetro político”, pondera.