Adolescente sofre assédio em ônibus da linha 46-Paineiras

Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 10/02/2018 às 15:31
  • Atualizado 12/09/2022 às 15:31
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Uma adolescente de 16 anos foi assediada na manhã desta sexta-feira (9), em um ônibus da linha 46-Paineiras. De acordo com o relato no boletim de ocorrência feito pela vítima, que não será identificada, eram por volta de 7h, o ônibus estava lotado, e ela estava indo trabalhar. “Eu consegui um estágio e era meu primeiro dia. Sentei do terceiro banco, atrás do motorista e próximo ao Carrefour, ele entrou no ônibus e ficou se esfregando no meu braço. Eu tentava desvencilhar, mas não conseguia”.

Assustada, a jovem levantou para desembarcar no último ponto da rua Comendador Oetterer, e sentiu que foi apalpada. “Fiquei muito nervosa. Estava chorando muito. Liguei para minha irmã, que trabalha no Centro e fomos até o Terminal Santo Antônio, pedir ajuda. Falamos com fiscais e eles disseram que aquilo era normal, que não poderiam fazer nada e que deveríamos registrar um boletim de ocorrência na delegacia, mas que nem assim isso poderia adiantar, já que somente 40% a 70% tinham câmeras de segurança”, relata.

Elas tentaram, ainda, saber qual era o prefixo do veículo, mas não conseguiram a informação.A estudante, então, foi até a delegacia para registrar o boletim. Ela conta que não conseguiu ver o rosto do homem, mas o classificou como um homem “branco, aparentando ter aproximadamente 30 anos, meio gordo, cabelos médios, pretos e lisos, com corte tipo ‘tigelinha’, trajando calça jeans e camiseta cinza”. Ainda na delegacia, os policiais disseram a ela que, por causa do período de Carnaval, um pedido de análise das imagens de segurança do coletivo seria enviado à Urbes – Trânsito e Transportes, na quarta-feira.

“Nem sei se vou continuar trabalhando, estou apavorada. Esta foi uma das únicas vezes que saí de casa sozinha. Por enquanto, minha irmã vai me acompanhar, mas não sei até quando ela vai poder. Espero que outras mulheres denunciem esse tipo de caso”.

A Urbes foi questionada, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.