Obras de Ettore Marangoni nunca expostas estarão na Escola de Cultura e Artes

Obras de Ettore Marangoni nunca expostas estarão na Escola de Cultura e Artes Imagem por Jornal Zona Norte e Texto por Jornal Zona Norte
  • 08/12/2018 às 18:19
  • Atualizado 12/09/2022 às 18:19
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A Escola de Cultura e Artes “Ettore Marangoni” será inaugurada neste sábado (8), às 10h, pelo prefeito José Crespo. Para abrilhantar ainda mais este momento, uma mostra com cerca de 20 obras do artista plástico Ettore Marangoni (1907-1992) será atração no novo espaço cultural de Sorocaba. Os quadros, que pertencem ao acervo da família e foram gentilmente disponibilizados pelo seu neto Lawrence Marangoni à Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), permanecerão expostos na unidade até o dia 11 de janeiro de 2019.

“Este será um grande momento para a nossa cidade. Estamos reunindo obras de Ettore Marangoni que pertence ao acervo da família e que muitas delas nunca foram expostas ao público. Obras de um artista plástico que retratou a história da nossa região e passou a ser uma referência nas artes visuais não só para Sorocaba e região, mas para todo o Brasil. Convido a todos a prestigiarem”, declara o secretário de Cultura e Turismo, Werinton Kermes.

Segundo o neto do artista, Lawrence Marangoni, entre as obras, os visitantes poderão conferir “Campos”, que foi a primeira tela pintada por Ettore Marangoni, em 1936, e “Samba no morro” (1948), que foi premiada no Rio de Janeiro (RJ).

O público poderá conferir a exposição de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, até o dia 11 de janeiro de 2019. A Escola Pública de Cultura e Artes “Ettore Marangoni” vai funcionar na antiga instalação de uma unidade educacional do Sesi (Serviço Social da Indústria), localizada na rua Ana Cândida Corrêa Marins, 35, no Jardim Sandra.

 

Sobre Ettore Marangoni

Ettore Marangoni foi um artista plástico suíço, que chegou ao Brasil aos 8 anos de idade. Aos 12 anos, já pintava pequenos quadros em Votorantim, onde passou a residir. Foi Técnico em Fotogravura na Cia. Nacional de Estamparia.

Em 1934, expôs no Rio de Janeiro, quando venceu concursos com seu trabalho “Samba no morro”. Já em 1951 foi exposta a tela que o consagrou definitivamente – “Fundação de Sorocaba” – muito divulgada e conhecida, quando ficaram fixadas as feições de Baltazar Fernandes, fruto de longos estudos do artista.

Era considerado um artista versátil porque não aplicava seu talento em apenas uma forma de arte, mas em várias, como esculturas em diversos materiais, artes plásticas com todas as técnicas e engenharia na produção de aparelhos.

Sua arte possui um diferencial histórico considerável, pois são obras que retrataram a história de uma das regiões mais importantes do interior paulista, com prestígio no desenvolvimento do estado e sua contribuição para a história do Brasil, podendo traçar uma linha de tempo imaginária, que vai desde a exploração das regiões pelos tropeiros, feiras de muares, início da industrialização, registros da ferrovia sorocabana e das primeiras fundições de ferro do país. Outro detalhe a parte é o registro das primeiras capelas da história do país, dentro da rica região histórica de Sorocaba e Votorantim.

 

Sobre a Escola de Cultura e Artes

A unidade será a primeira escola pública de formação artística e cultural de Sorocaba e vai atuar nas linguagens artísticas de maneira integrada, envolvendo a dança, a música, o teatro e as artes visuais. A finalidade principal é assegurar aos alunos a iniciação nas artes por meio de experiências estéticas e processos criativos nas linguagens artísticas.

A escola vai abrigar oficinas de formação e projetos que já existem na cidade, como o Projeto Guri, a Banda Marcial de Sorocaba e a Orquestra de Violas.

 

Ônibus da Cultura também será novidade

No mesmo dia e local da inauguração da Escola de Cultura e Artes, o prefeito José Crespo, ao lado do secretário de Cultura e Turismo, Werinton Kermes, também apresentará à população o Ônibus da Cultura.

O ônibus servirá para fazer o transporte, principalmente dos músicos da Banda Marcial, da Orquestra de Violas e do Projeto Guri. “Essa era uma dificuldade que tínhamos para circular com esses grupos pela cidade e agora vai facilitar o acesso de todos à cultura. Estamos dando um passo de 20 anos na Cultura da nossa cidade”, finaliza Kermes.