Sorocaba conta com Grupo de Ação e Enfrentamento ao Coronavírus

Sorocaba passa a contar com os trabalhos do Grupo de Ação e Enfrentamento ao Coronavírus (Graeco). A equipe, que se reuniu pela primeira vez nesta sexta-feira (27), é formada por empresários e profissionais de diferentes áreas de atuação na cidade, com o objetivo discutir ideias, bem como definir sugestões de ações e estratégias para o enfrentamento em Sorocaba, apoiando as iniciativas do poder público local contra a doença.
Neste primeiro encontro, participaram o biomédico Maurício Viecili, o enfermeiro Roberto Carlos de Almeida, o médico Santiago Vieira, o vereador Rodrigo Manga, o economista Geraldo Almeida e os empresários Marcelo Machado da Silva e Fernando Martins Costa.
O quadro de diretrizes que vai nortear os trabalhos do grupo ficou assim estabelecido: ações médicas (isolamento social, estrutura de atendimento público, testagem e diagnósticos), sociais (divulgação de informações e registros, mitigar novas fontes possíveis de transmissão e organização social estruturada) e de tecnologia (utilização de telemedicina e produção de respiradores mecânicos).
Rodrigo Manga fez questão de frisar que o Graeco não tem interesses políticos ou partidários e a meta é somar forças para minimizar os impactos locais da pandemia de coronavírus. “O momento é a mobilização de todos. Foi uma primeira reunião produtiva e mais gente da iniciativa privada já confirmou que fará parte do Graeco a partir dos próximos encontros”, frisa.
Propostas e ações – Em conversa por telefone com o secretário da Saúde Ademir Watanabe, durante a reunião, o grupo soube que o município carece de uma demanda emergencial de 2.500 testes de triagem para coronavírus, os quais serão buscados de forma gratuita, mediante parceiros do Graeco.
Agravante é o fato de o poder público necessitar de auxílio para testagem mais rápida dos servidores de saúde, para evitar afastamentos e desfalques em equipes por conta de resfriados e coronavírus, e assegurar recomposição de profissionais (especialmente de enfermagem) para atendimento público. Um levantamento nas escolas de enfermagem da cidade, para disponibilizarem seus profissionais, com posterior capacitação, será feito nos próximos dias pelo Graeco.
Outro ponto de atuação será intermediar a união entre empresas de tecnologia e universidades, para o desenvolvimento de equipamentos de enfrentamento à pandemia. A produção de respiradores junto às empresas do município é outra meta, assim como identificar a quantidade desses equipamentos disponíveis em clínicas particulares e que possam ser disponibilizados para a rede pública na forma de empréstimo.
O biomédico Maurício comprometeu-se contatar usinas de produção de álcool em gel, sobre a possibilidade de destinação de quantidade para abastecimento da rede pública local. Já o professor Geraldo informou que a empresa Toyota disponibilizou-se em fazer a manutenção dos aparelhos respiradores utilizados pela municipalidade.
Fernando, que atua no ramo do comércio varejista, buscará apoio da Associação Paulista de Supermercados (Apas) para listagem de itens de cesta básica, a fim de que clientes possam comprar itens adicionais em suas compras, para a composição de cestas básicas a serem montadas e entregues pelo Fundo Social de Solidariedade ou Secretaria da Cidadania. A Associação do Transporte Escolar de Sorocaba e Região forneceria veículos para entregas, bem como para retirada e entrega de medicamentos ao público (especialmente da categoria de risco).
Poder público – Outro passo do Graeco, antes da próxima reunião do grupo, será apresentar à Secretaria da Saúde e à prefeita o resultado completo desse encontro inicial e solicitar informações complementares. O médico Santiago Vieira adiantou que pretende mostrar ao comitê gestor de combate ao coronavírus, a possibilidade de atendimento via telemedicina.
Outra questão ventilada é que redes de farmácias montem tendas de atendimento externo para testagem de outras comorbidades, para descarte do coronavírus, além da vacinação do público de risco. E, ainda, que os recursos para merenda escolar sejam creditados (o recuso do mês) em uma espécie de cartão para aquisição de alimentação aos alunos matriculados na rede pública municipal.

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